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Zuckerberg terá que explicar golpes com criptomoedas no WhatsApp e Facebook

Mark Zuckerberg, CEO da Meta - Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons
Mark Zuckerberg, CEO da Meta Imagem: Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons

Simone Machado

Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)

12/09/2022 11h55Atualizada em 12/09/2022 11h57

Um grupo de Senadores dos Estados Unidos pediu para que Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, forneça detalhes sobre as políticas da gigante de tecnologia sobre fraudes envolvendo criptomoedas e como ele planeja deixar as redes Facebook, Instagram e o WhatsApp mais seguras para os usuários.

Segundo informações do Washington Post, Zuckerberg foi questionado através de uma carta feita pelos senadores democratas Robert Menendez, Sherrod Brown, Elizabeth Warren, Dianne Feinstein, Bernie Sanders e Cory Booker, enviada na última quinta-feira (8).

Entre os pedidos, os senadores exigem que a Meta explique detalhadamente os procedimentos para verificar se os anúncios com criptomoedas não são fraudes, quais as políticas para banir golpistas de suas plataformas, e como a empresa está cooperando com as autoridades locais para rastrear os criminosos.

No documento, o grupo solicita que as informações sejam fornecidas até 24 de outubro para uma série de análises, incluindo as políticas atuais da Meta para remover golpistas de suas plataformas.

"Com base em relatórios recentes de fraudes em outras plataformas e aplicativos de mídia, estamos preocupados que a Meta forneça um terreno fértil para golpes de criptomoedas que causem danos significativos aos consumidores", disse o senador Robert Menendez em entrevista ao The Washington Post.

Conforme a carta dos senadores, golpes envolvendo criptomoedas que ocorreram no ambiente das redes da Meta custaram aos usuários cerca de US$ 417 milhões (o equivalente a R$ 2.126 bilhões na conversão direta).

Golpes com criptomoedas

Os senadores decidiram enviar a carta a Zuckerberg depois que um relatório do Federal Trade Commission (FTC), publicado em julho, revelou que os golpes com criptomoedas aumentaram significativamente nas redes sociais do grupo liderado pelo executivo.

Segundo dados do levantamento, cerca de 50% das pessoas que perderam dinheiro com golpes de criptomoedas, em 2021 e nos primeiros meses deste ano, alegaram que o golpe teve origem em uma plataforma de mídia social.

O Instagram teria sido o meio usado em 32% dos golpes relatados, enquanto o Facebook e o WhatsApp teriam originado 26% e 9%, respectivamente.

Ainda segundo números do relatório da FTC, mais de 95 mil usuários perderam juntos aproximadamente US$ 770 milhões em fraudes aplicadas através das variadas redes sociais. Mais de 70% dos golpes relatados foram classificados como golpes de investimento, romance ou compras online.