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Conjunção da Lua e Marte é acompanhada por belas estrelas nesta madrugada

Nasa
Imagem: Nasa

Marcella Duarte

De Tilt

16/09/2022 04h00

O mês de setembro nos presenteou com belas conjunções entre a Lua e os planetas do Sistema Solar. A última delas acontece na madrugada desta sexta-feira (16) para sábado (17), com Marte.

Também será uma oportunidade para observar algumas das maiores e mais importantes estrelas: Aldebaran, da constelação de Touro; Betelgeuse e Rigel, do icônico Órion; e Sirius, do Cão Maior — a mais brilhante do nosso céu noturno.

Veja como observar:

O planeta vermelho aparecerá bem próximo à graciosa Lua minguante, que estará com a aparência de um sorriso.

Basta encontrá-la e procurar por uma "estrela" de brilho fixo avermelhado logo acima e levemente à direita dela. Este é Marte.

O par nasce a leste (mesma direção em que nasce o Sol), por volta de 1h, e segue visível até o amanhecer.

O melhor horário para observação é entre 2h e 5h, quando Lua e Marte estarão mais altos no céu.

Quando mais desobstruído for seu horizonte, mais cedo conseguirá enxergá-los.

Tornando a imagem ainda mais interessante, a peculiar estrela alaranjada Aldebaran estará logo acima de Marte, em um belo alinhamento.

Horizonte Leste de São Paulo, às 2h de 17/9 - Stellarium - Stellarium
Horizonte Leste de São Paulo, às 2h de 17/9, com: Lua, Marte, Aldebaran, Betelgeuse, Rigel e Sirius.
Imagem: Stellarium

Bônus: mais estrelas

Se o céu estiver limpo e seu campo de visão for amplo, outras estrelas bem brilhantes, astromica e historicamente importantes, poderão ser vistas.

Logo à direita da conjunção, estará Órion, com a avermelhada Betelgeuse, a azulada Rigel e as populares "Três Marias" (que representam o cinturão do mitológico caçador).

Ainda mais à direita, ficará a estrela mais brilhante de nosso céu noturno: Sirius, do maior dos cães que acompanham Órion em suas caçadas.

Todos os objetos são visíveis a olho nu, de qualquer parte do Brasil — basta um céu limpo. Ser tiver dificuldade em encontrá-los, use um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium).

Lembrando que, quando falamos em conjunções, nos referimos ao ponto de vista da Terra. Os corpos não estão realmente próximos; continuam separados por milhões de quilômetros no universo.