Este aspirador robô virou meu novo gato: voluntarioso, mas amo mesmo assim
Como um feliz dono de dois gatos, um aspirador-robô sempre esteve na minha lista de desejos. Estamos na iminência da primavera, e quem tem animal em casa sabe: esta é a época em que eles trocam pelagem e deixam restos pela casa toda.
E, claro, eu também tinha curiosidade de saber como seria a interação dos meus animais de estimação, sempre desconfiados, com o novo "colega".
O modelo da PRA500 Positivo realmente garantiu alguns momentos engraçados para o meu Instagram (não, os gatos não "pegaram carona" nele; isso não é recomendado). Mas o que mais me surpreendeu foi como ele realmente facilitou meu dia a dia. Não do jeito mais inteligente, mas facilitou.
Montagem supersimples
O período de testes foi bem antes da chegada da primavera, então não havia tanto pelo no meu apartamento. Mas poeira nunca falta: moro no primeiro andar e, como qualquer paulistano atualmente, estou há alguns meses rodeado por um (ou vários) prédios em construção.
Além disso, este aspirador também passa pano. Estava ansioso para testar.
O unboxing foi relativamente simples: tirar da caixa, retirar as duas espumas no "para-choque" do aparelho (para que ele possa "bater" pelos móveis e paredes conforme mapeia o ambiente) e colocar o cesto que retém a sujeira.
Na parte inferior, é preciso encaixar as duas vassourinhas rotatórias e afixar, com tiras adesivas de velcro, o pano de limpeza. Tudo isso não levou nem dois minutos.
Montar a "base" onde o aspirador se recarrega foi um desafio bem maior. Impossível encontrar alguma tomada com as especificações necessárias: nenhum obstáculo a 1 m de distância nas laterais e 2 m à frente. Certamente o produto não foi pensado para apês pequenos. Arrisquei em uma tomada próxima à mesa de jantar (o que se provou um erro - explico adiante).
O negativo da Positivo
Meu histórico com a Positivo não é dos melhores: tenho duas lâmpadas "inteligentes" (note as aspas irônicas) que regularmente perdem a conexão com meu wi-fi e precisam ser reconectadas manualmente. Para isso, é necessário o aplicativo da marca, que também não é lá um grande exemplo de navegação intuitiva e velocidade.
Fiquei receoso quando descobri que o aspirador também seria administrado pelo mesmo app. Minha Alexa nunca se entendeu com o aplicativo, então de cara eu já perderia o controle por voz. Ao menos, ele trazia algumas opções interessantes: alerta sobre a durabilidade das escovas e do filtro de ar, agendamento da limpeza e quatro padrões de deslocamento.
Acionei o aparelho e voilà: meus gatos vieram lentamente, bem desconfiados, avaliar que bicho era esse que andava sozinho e fazia barulho. (Ponto positivo: normalmente, eles não gostam do ruído do aspirador normal, mas não se incomodaram com este.)
Rapidamente, porém, os felinos se acostumaram. Eu, por outro lado, ganhei um terceiro "pet" para vigiar. O aspirador passou longos minutos trombando em todas as pernas das cadeiras da sala.
Variei entre os padrões de deslocamento "cantos" e "espiral", para ver se evitava a colisão, sem sucesso. A opção "manual" estava fora de cogitação (quem tem tempo pra isso?) Torci para que a "inteligente" resolvesse a situação.
Ao contrário: eu é que tive de rever minha noção de "inteligente". Inteligência não é ausência de burrice, certo? É o processo de aprender. Tive que aguardar longas horas até o aspirador razoavelmente entender que havia 24 pernas de cadeiras (mais duas pernas de mesa) no ambiente.
Os gatos observavam do sofá, com aquele olhar de desprezo que só gatos sabem fazer tão bem (talvez rindo internamente).
Quarto: uma área inexplorada
Já disse que meu apartamento não é grande, certo? Minha maior frustração foi que, mesmo com horas ligadas, o aspirador jamais conseguiu achar um caminho até o meu quarto, onde os gatos também soltam muito pelos (e eu, cabelos ou resto de comida). A situação só se resolveu quando, impaciente, decidi levá-lo para lá.
O PRA500 é bem baixinho, com 8 cm de altura, mas minha cama é baú. Impossível transitar embaixo dela. Ele teve de passar alguns minutos "quicando" pela passagem entre as paredes, o guarda-roupa e a cama.
Até o ponto em que ele, coitado, desistiu. A bateria eventualmente acabou. E aí veio minha segunda decepção: o fabricante promete que o robô sempre retorna à base quando percebe que sua energia está acabando, para se recarregar. Jamais vi isso acontecer ao longo de todo o tempo que fiquei com ele.
Talvez ele tenha se acostumado com o Tapioca e o Nutella: onde eles acham um bom canto para dormir, é lá que eles ficam mesmo. Eu que lute.
Conclusão: ganhei um pet
Apesar desses percalços, ainda assim notei meu apartamento nitidamente mais limpo (ou mais fácil de limpar quando eu mesmo preciso fazer).
Minhas duas tentativas de programar o aspirador para trabalhar enquanto eu estava no UOL, aparentemente, deram certo (não notei pela limpeza: notei porque chegava em casa e ele estava "morto" em algum canto da sala.)
Se carregar o robôzinho de volta para a base ou para o quarto for o preço a pagar, estou tranquilo. Ei, eu já faço isso com dois gatos de quase 10 kg! Levantar um aspirador de 2,4 kg não é nada.
(A não ser que eu ache outro modelo mais inteligente de fato. Gatos a gente não substitui. Mas eletrodoméstico?)
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