Júpiter está mais próximo da Terra e superiluminado esta semana; como ver
O mês de setembro está chegando ao fim com chave — astronômica — de ouro. Um dos eventos cósmicos mais esperados acontece a partir deste domingo (25): a oposição de Júpiter, que estará superiluminado e também o mais próximo da Terra neste século.
É a oportunidade perfeita para observar o planeta, seja a olho nu ou com telescópios, e, principalmente, fazer belos registros. O evento é visível de qualquer parte do Brasil, basta o céu estar limpo.
O que é?
Oposição é quando um corpo celeste está posicionado do lado oposto do Sol (em relação à Terra, que fica entre os dois corpos). Este costuma ser o melhor momento para observarmos qualquer planeta. No caso de Júpiter, acontece a cada 13 meses.
O que faz desta oposição ainda mais especial é que, em setembro, Júpiter também faz sua maior aproximação da Terra do século 21, chegando a "apenas" 590,3 milhões de quilômetros de nós. É muito raro que ambos os fenômenos aconteçam simultaneamente.
Sua face visível estará completamente iluminada pelo Sol, brilhando em uma magnitude de cerca de -3 (para efeitos comparativos, Vênus brilha a -5 e a Lua cheia a -13).
Por isso, ele aparecerá maior e mais brilhante do que em qualquer outra época dos últimos 59 anos — a última grande aproximação foi em 1963.
Como observar?
Durante esta semana inteira, Júpiter estará visível desde o início da noite até o amanhecer, percorrendo o céu de um lado ao outro.
Por volta das 18h30, ele nasce a leste (lado oposto ao do pôs do Sol); por volta das 6h30, se põe a oeste.
Os melhores momentos para observação estão entre estes dois horários, com o planeta mais alto no céu.
Com a Lua "apagada", na fase Nova, e Vênus aparecendo apenas de manhã, Júpiter será o objeto mais brilhante do nosso céu noturno.
Por isso, não deve ser difícil encontrá-lo. A olho nu, ele parece uma grande estrela de brilho fixo amarelo pálido.
Se tiver dificuldades em localizar, use um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium).
É o melhor momento para fotografar o planeta, podendo revelar seus incríveis detalhes característicos — como a icônica Grande Mancha (uma tempestade eterna), as faixas de nuvens coloridas, e as quatro maiores de suas 79 luas (Io, Europa, Ganimedes e Calisto).
Com ajuda de um binóculo ou telescópio, a vista fica mais clara e surpreendente. Todas as noites desta semana são ótimas oportunidades de observação.
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