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Elon Musk envia carta com nova oferta bilionária para comprar Twitter

Elon Musk, em abril de 2022, visitando a Academia da Força Aérea dos EUA no Colorado - Trevor Cokley/U.S. Air Force Academy
Elon Musk, em abril de 2022, visitando a Academia da Força Aérea dos EUA no Colorado Imagem: Trevor Cokley/U.S. Air Force Academy

Do UOL, em São Paulo

04/10/2022 13h38Atualizada em 04/10/2022 21h10

O empresário Elon Musk fez uma nova proposta para compra do Twitter. O empresário enviou uma carta confirmando uma oferta em um negócio avaliado em US$ 44 bilhões.

"Recebemos a carta das partes de Musk que eles registraram na SEC", disse a empresa hoje. "A intenção da empresa é fechar a transação em US$ 54,20 (cerca de R$ 268) por ação.", confirmou a rede social.

As ações do Twitter apresentaram um salto de mais de 10% no início da tarde (horário de Brasília). Durante o dia, os papéis da empresa tiveram negociação suspensa em Nova York. Após a retomada na sessão regular, as ações tiveram alta de 22,24% no fechamento.

Musk encarava uma batalha judicial por sua desistência, em julho, de seguir com a compra da rede social. O bilionário alegou que o Twitter não havia especificado quantos de seus usuários eram falsos. Ele queria provas de que menos de 5% dos perfis se enquadravam nessas condições, como foi argumentado pelo Twitter. Musk acreditava que o percentual de fakes era de 10%.

O Twitter processou Musk por entender que o cancelamento do acordo era "inválido e ilícito". O destino da compra e venda estava previsto para ser definido na Justiça a partir de 17 de outubro. No começo de setembro, acionistas do Twitter aprovaram a venda definitiva da empresa a Musk.

A desistência do negócio, segundo Musk, ocorreu também porque o Twitter demitiu executivos de alto escalão e um terço da equipe de aquisição de talentos. Com isso, a empresa teria violado uma cláusula do acordo sobre a obrigação de "preservar substancialmente intactos os componentes materiais de sua atual organização".

No final de agosto, Elon Musk recebeu novas armas para a disputa jurídica com o Twitter. Peiter Zatko, ex-chefe de segurança da rede social, afirmou que empresa mentiu para o empresário sobre a capacidade da rede social de detectar perfis falsos — os chamados bots (robôs).

Segundo ele, o Twitter sequer tem as ferramentas necessárias para avaliar o impacto da atuação desses fakes. Ou seja, mais um motivo concreto para Musk convencer a justiça de que não pode cumprir o acordo de compra.

O empresário ainda disse hoje que comprar o Twitter é "um acelerador para criar o X, o app de tudo".

*Com informações da Agência Estado