O futuro da guerra: veja vídeo de drone chinês soltando um cão-robô armado
Parece coisa de cinema: em uma cidade aparentemente abandonada, um drone poua, deixa um equipamento no chão e vai embora. O "equipamento" subitamente estica as "patas" e começa a circular: é um cão-robô autônomo, como os vistos na segurança do último Rock in Rio. Mas com uma diferença: ele tem uma arma acoplada nas "costas".
Nos últimos dias, o vídeo viralizou no Twitter e no Reddit, mas ele foi postado originalmente na página Weibo, serviço de microblog chinês similar ao Twitter.
O robô, muito similar ao produzido pela Boston Dynamics, na verdade também é uma tecnologia chinesa, criada pela Kestrel Defense. O drone, batizado como Red Wing ("Asa Vermelha"), é capaz de transportá-lo para além das linhas inimigas.
Segundo a legenda do vídeo, os cães de guerra "podem ser inseridos diretamente no elo fraco do inimigo para lançar um ataque surpresa ou podem ser colocados no telhado para ocupar as alturas de comando e suprimir fogo inimigo".
Empresas americanas prometem não armar robôs
Cães-robôs chineses já viralizaram outras vezes, como o que percorria as ruas chineses reforçando a importância do lockdown, durante a pandemia de covid-19.
A evolução deste modelo, porém, chama a atenção por causa das crescentes tensões diplomáticas entre EUA e China e entre China e Taiwan; além da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Coincidentemente, esta semana, a Boston Dynamics prometeu jamais criar robôs armados, como o da Kestrel. O compromisso foi firmado em uma carta pública assinada também por outras empresas ocidentais do ramo, como Agility Robotics, ANYbotics, Clearpath Robotics, Open Robotics e Unitree Robotics.
"Acreditamos que acrescentar armas a robots que são operados à distância ou de forma autônoma, amplamente disponíveis ao público, e capazes de navegar para locais anteriormente inacessíveis, onde as pessoas vivem e trabalham, levanta novos riscos de danos e graves questões éticas", afirmam as empresas na declaração.
Os militares dos EUA, porém, não planejam ficar atrás. Em parceria com a General Dynamics, as Forças Armadas estão desenvolvendo seus próprios equipamentos de controle remoto com força letal, como o MUTT (sigla em inglês para Transporte Tático Multiutilitário).
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