Cabine do Google faz videochamadas hiper-realistas; entenda funcionamento
Em 2021, o Google mencionou rapidamente o desenvolvimento do Project Starline, uma espécie de cabine que permite fazer chamadas de vídeo hiper-realistas com outra pessoa. Recentemente, a empresa anunciou que tem feito testes em companhias e detalhou o funcionamento do sistema.
A ideia do Google é tentar tornar mais natural a interação em videochamadas. Em testes internos, a gigante da tecnologia disse, por exemplo, que o uso do Project Starline entre funcionários aumentou a "atenção e a produtividade" entre os participantes comparados com chamadas de vídeo tradicionais.
Uma cabine de holograma
Se em uma chamada de vídeo convencional é necessária uma câmera, além de conexão à internet, no Project Starline, a estrutura é mais sofisticada. Pense em uma espécie de cabine com múltiplas câmeras, que tentam criar uma espécie de holograma seu e o da pessoa — que também precisa estar em uma estrutura semelhante.
A cabine do Project Starline mede 2,13 m x 2,13 m e conta com cerca de dez câmeras, sensores infravermelhos, microfones e alto-falantes, além de placas de vídeo que ajudam a processar as imagens em tempo real.
As pessoas devem ficar sentadas para poderem participar de uma chamada, feita em frente a uma tela especial de 65 polegadas, que exibe imagens 3D sem necessidade de óculos.
Todo este arranjo de câmeras e sensores cria uma espécie de avatar 3D, o que facilita com que os participantes olhem uns aos outros na linha dos olhos — um dos problemas das chamadas convencionais é que as câmeras costumam ficar na parte de cima do laptop, e as pessoas acabam olhando para a tela.
Ainda que a ideia seja interessante, num primeiro momento ela deve ser utilizada em empresas. O Google diz que WeWork, T-Mobile (operadora dos EUA) e Salesforce estão entre as companhias que têm testado a "telepresença de alta fidelidade" do Project Starline.
O Google não deu detalhes de preço e informa que tem feito testes. No entanto, como foi apresentado, parece ser uma opção para poucos e uma espécie de "vídeochamada ultra-realista VIP". Vale notar que, por enquanto, o Project Starline só permite conversas um a um.
Em entrevista ao site The Verge, Andrew Nartker, diretor de produto do Starline, disse que a solução "ainda não é um produto" e que a tecnologia ainda está "em seus primeiros dias". Mesmo assim, estão animados com os feitos já alcançados, que é tentar ter impacto em interações virtuais.
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