Equipe cria 'tinta mais branca do mundo' para reduzir aquecimento global
Uma tinta leve e ultrabranca, que pode refletir até 97,9% da energia solar é a grande novidade pensada pela indústria para ajudar a resfriar o exterior de aviões, carros, trens e até naves espaciais. À medida que o planeta aquece devido às mudanças climáticas, a tinta pode ser uma maneira inovadora de manter os espaços e as pessoas protegidos do calor intenso.
Ao mesmo tempo, essa tecnologia pode ajudar a reduzir nossa dependência de condicionadores de ar, que consomem muita energia, emitem calor e contribuem para o aquecimento global.
A tinta, na verdade, é uma melhoria em uma fórmula anterior, que era muito espessa para ser aplicada a qualquer coisa. Agora, os pesquisadores dizem que a refinaram com uma fórmula segura para revestir veículos. Em artigo publicado na segunda-feira (17), na revista Cell Reports Physical Science, a equipe de cientistas compartilhou os detalhes do novo produto.
"Esse peso leve abre as portas para todos os tipos de aplicações", explica George Chiu, engenheiro mecânico da Purdue University, em comunicado.
Para comparação, as tintas disponíveis comercialmente no mercado hoje só podem refletir de 80 a 90 porcento da luz solar, o que significa que absorvem muito mais luz e calor. A tinta ultrabranca, por sua vez, resfria as superfícies emitindo mais calor do que retém — e não usa eletricidade.
"Os aparelhos de ar condicionado podem resfriar sua casa, mas transferem o calor de dentro para fora — o calor ainda está na cidade, ainda está na Terra", disse Xiulin Ruan, engenheiro mecânico que ajudou a desenvolver a pintura, para a revista Smithsonian.
"Nossa tinta não usa energia, mas, mais importante, envia o calor para o espaço. O calor não fica na Terra, então isso realmente ajuda a Terra a esfriar e pode parar a tendência de aquecimento."
O novo produto usa nitreto de boro hexagonal, uma substância frequentemente usada em lubrificantes, para dar uma tonalidade branca ofuscante. A substância dispersa a luz do sol para refletir até 97,9% dos raios solares.
A adoção generalizada deve, em teoria, torná-lo uma ferramenta ainda mais viável para combater as mudanças climáticas a longo prazo, dizem os pesquisadores. "A tinta tem os benefícios de economizar nas contas de eletricidade e, ao mesmo tempo, contribuir para salvar a Terra", disse Xiangyu Li, engenheiro mecânico da Universidade Knoxville, do Tennessee.
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