Volta de Trump e demissões: os próximos passos de Musk após comprar Twitter
Finalmente, a novela entre o empresário sul-africano Elon Musk e o Twitter chegou ao fim. Depois de seis meses de idas e vindas, Musk começou a tomar as primeiras decisões como dono do Twitter, que foi adquirido pelo valor estimado de US$ 44 bilhões.
Até o momento, Musk disse muito pouco publicamente. Durante a madrugada desta sexta-feira (28), ele apenas tuitou que o "pássaro foi libertado", numa alusão ao símbolo do Twitter, que é um passarinho.
Mesmo assim, Tilt reuniu quais devem ser os próximos passos de Musk como dono do Twitter, baseado em declarações antigas dele e em rumores publicados pela mídia norte-americana.
Twitter será empresa de capital fechado
Atualmente, o Twitter é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na bolsa de valores e com vários donos. Com a aquisição, Elon Musk será o único dono do Twitter.
Em abril, quando fez a sua proposta para comprar a rede, ele argumentava que tornar a empresa de capital fechado para serem realizadas as mudanças que ele considera importante.
Demissão da cúpula do Twitter
Na noite de quinta-feira (27), foram demitidos quatro executivos do Twitter, segundo vários sites norte-americanos:
- O CEO (presidente-executivo) Parag Agrawall
- O CFO (diretor financeiro) Ned Sagal
- O diretor do conselho geral Sean Edgett
- A chefe de moderação Vijaya Gadde
Espera-se ainda que a empresa demita mais funcionários a partir de segunda-feira (31) - estes primeiros, basicamente, faziam parte da cúpula.
Na semana passada, havia rumores de que ele demitiria 75% dos funcionários, mas Musk desmentiu durante visita à empresa.
Musk será CEO, por um tempo
De acordo com a Bloomberg, Elon Musk deve ser o presidente-executivo do Twitter. No entanto, o empresário deve ficar no cargo temporariamente e passá-lo para outra pessoa.
Fim do banimento de Trump e outras pessoas
Ainda de acordo com a Bloomberg, o novo dono vai tirar o banimento de várias pessoas da rede social, sendo o mais notório o ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Vale lembrar que Trump foi banido do Twitter por quebrar regras do Twitter e pelo risco de incitação à violência no episódio da invasão do Capitólio dos Estados Unidos, quando apoiadores do presidente republicano invadiram a sede do Congresso.
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times em maio, o empresário disse que "o banimento de Trump foi um erro", pois não "resultou em tirar a voz de Donald Trump". Para ele, a ação apenas alienou o país e amplificou os discursos dele para um público de direita.
Trump disse em abril que, mesmo sendo banido, não voltaria ao Twitter. A ver se ele mantém esta posição.
Vai ter moderação de conteúdo
Mesmo sendo defensor da liberdade de expressão, o empresário disse que a plataforma não vai virar um local "onde tudo pode ser dito sem consequências" em carta direcionada aos anunciantes.
Segundo reportagem do Wall Street Journal, anunciantes estão preocupados com a gestão de Musk, pois ao querer reduzir regras de moderação de conteúdo, isso pode tornar a plataforma uma rede mais hostil.
Sem contar que ninguém quer ter um produto ou serviço anunciado próximo de tuítes com conteúdo de ódio.
"Twitter quer ser a plataforma de anúncio mais respeitada do mundo, que reforça sua marca e faz sua empresa crescer", disse Musk em carta postada no Twitter.
Combater spams e bots
Em julho, Musk quis desistir de comprar o Twitter, pois achava que havia mais contas bots (automatizadas) e de spam do que o Twitter dizia ter.
O empresário pretende reduzir essas contas com autenticação humana. Além disso, sinalizou que gostaria que 50% dos usuários do Twitter sejam assinantes.
App X
No início de outubro, ao falar que compraria o Twitter, Musk disse que a rede serviria como base para desenvolver o X, um app para tudo.
Não há muitos detalhes sobre, mas especula-se que seja uma espécie de WeChat, app chinês que mistura comunicação, meios de pagamento e rede sociais.
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