O que são CloutHub e Signal, novas redes procuradas por bolsonaristas
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estudam abandonar o Facebook, WhatsApp e Telegram, plataformas usadas durante a campanha de reeleição, em prol da rede social CloutHub e do app de mensagem Signal.
Ao que tudo indica, a migração de bolsonaristas se intensificou após a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que exigiu que o Telegram derrubasse cinco grupos que defendiam atos antidemocráticos. Eles concentravam cerca de 580 mil participantes, nas 36 horas anteriores ao segundo turno das eleições.
O bloqueio de estradas, que ocorrem desde o domingo (30), foi articulado por apoiadores de Bolsonaro principalmente pelo Telegram. Em vários grupos circulam mensagens pedindo intervenção militar e defendendo golpe de estado (o que é inconstitucional e crime, que pode levar de 4 a 12 anos de reclusão).
Se você nunca ouviu falar nas plataformas CloutHub e Signal ou conhece pouco sobre elas, confira a seguir detalhes de como elas funcionam.
O que é o CloutHub?
Fundada em 2018 nos Estados Unidos, o CloutHub é uma rede social aos moldes do Facebook, com um feed de publicações compartilhadas por grupos, páginas e contatos.
O CloutHub se orgulha de ser "inderrubável", fazendo disso um slogan de divulgação em outras redes.
Seu objetivo é o "empoderamento" de indivíduos em causas pelas quais se importam, independentemente do alinhamento político — no momento, ela concentra uma maioria de usuários conservadores e de direita dos EUA.
Em sua página de aplicativo no Google Play, o CloutHub se descreve como uma rede social "não tendenciosa" e voltada "para pessoas envolvidas em questões cívicas, sociais e políticas significativas, causas e campanhas com as quais se preocupam."
Mas é bom não esperar muitos usuários para debater estas questões — o app possui pouco mais de 100 mil downloads na loja do Google.
O que é o Signal?
O Signal é um aplicativo gratuito de mensagens criptografadas que virou febre no Brasil nos últimos anos e lembra o funcionamento do WhatsApp.
Ele chegou a ser recomendado por nomes influentes da tecnologia como Elon Musk, Edward Snowden e Brian Acton, um dos criadores do WhatsApp. Procuradores brasileiros e deputados também recorreram ao app em 2019, após vazamentos de conversas de integrantes da Operação Lava Jato.
O Signal tem código aberto, ou seja, permite que o sistema de segurança seja testado por auditorias externas e independentes — algo já elogiado por especialistas.
O padrão de mensagens é parecido com o de rivais, com o texto, horário da mensagem e uma espécie de confirmação de leitura (quando o "check" fica branco, significa que a pessoa leu o que você escreveu). Também há a opção para "responder" determinada mensagem, função que é bem conhecida do WhatsApp.
Um recurso do app que é destacado é o "mensagens efêmeras". Ou seja, conteúdos que ficam disponíveis temporariamente (de segundos até uma semana). Depois deste período, a mensagem some.
*Com texto de Lucas Carvalho e Nicole D'Almeida
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