WhatsApp lança recurso que permite grupos gigantes; saiba como funciona
Após iniciar testes em abril deste ano, o WhatsApp começou a liberar globalmente nesta semana o recurso "Comunidades", criado para organizar discussões em tópicos dentro da plataforma. A empresa também anunciou que o limite de 256 participantes em cada grupo foi ampliado para 1.024 membros.
O "Comunidades" estará disponível aos poucos para os usuários em diferentes países. Porém, no Brasil, ela só vai virar realidade em 2023. O motivo envolve as Eleições 2022.
Além dos grupos maiores, será possível realizar enquetes dentro das conversas e chamadas de vídeos com 32 pessoas.
Por que o Brasil ficou de fora do "Comunidades"
Diante do processo eleitoral brasileiro, no final de 2021 o presidente-executivo do WhatsApp, Will Catchart, informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não faria mudanças significativas na plataforma durante as eleições — é bom lembrar que o WhatsApp tem sido usado como ferramenta de disparo de fake news nos últimos anos.
A expectativa quando os testes do "Comunidades" começaram, em abril de 2022, era de que o recurso poderia funcionar após a escolha dos candidatos vencedores, entre novembro e dezembro. Contudo, a empresa decidiu que isso só ocorrerá em 2023.
Como as "Comunidades" funcionam
Como já mencionado, o objetivo das comunidades é facilitar a organização de grupos com diferentes tópicos, segundo a empresa. Então, pense que a ideia é reunir grupos de assuntos relacionados.
Por exemplo: a comunidade de uma escola. Dentro dela, pode haver grupos com pais de diferentes séries, um grupo para organizar caronas ou alguma comunidade para debater detalhes de uma excursão.
O mesmo pode ser aplicado a empresas ou um condomínio, onde poderia haver grupos sobre assembleia, uso de áreas comuns, entre outros.
Importante lembrar que uma vez dentro de uma comunidade, o número dos membros é preservado. Apenas o administrador e pessoas que estão no mesmo grupo que você poderão visualizar os detalhes do contato.
O administrador poderá:
- enviar mensagens a todos os membros
- inserir e remover membros e grupos
- criar novos grupos
- apagar mensagens ou arquivos de mídia considerados abusivos
O curioso é que o administrador da comunidade poderá inserir grupos que ele não faz parte. Obviamente, neste caso, ele não conseguirá ler o conteúdo das conversas.
Da parte dos usuários, eles poderão:
- decidir quem pode adicioná-los a uma comunidade (como já acontecem com os grupos)
- denunciar abusos
- bloquear contatos
- sair da comunidade (empresa diz que trabalha numa forma de permitir sair da uma comunidade sem que ninguém seja notificado)
WhatsApp não quer ser rede social
Apesar do recurso comunidades funcionar parecido como muitas redes sociais, por juntar grupos de diferentes tópicos, o WhatsApp chegou a dizer que não quer ser necessariamente uma plataforma do tipo. A empresa defendeu que é apenas uma interface para comunicação entre pessoas próximas.
"Enquanto outros apps oferecem conversas em grupo sem limites, desenvolvemos o WhatsApp para atender às necessidades de organizações e outros grupos em que as pessoas já se conhecem. Diferentemente das mídias sociais e outros serviços de mensagens, no WhatsApp não será possível procurar ou descobrir novas Comunidades", destacou o comunicado da plataforma de abril.
Encaminhamento limitado e ações contra conteúdos abusivos
O WhatsApp aos poucos foi limitando o encaminhamento de mensagens —conteúdos muito compartilhados passaram a ser marcados e só era possível repassar mensagens para até cinco pessoas ou grupos simultaneamente.
Com o novo recurso de comunidades, as mensagens já encaminhadas poderão ser novamente repassadas apenas para um grupo de cada vez. A empresa explicou que esta ação deve reduzir "significativamente a disseminação de desinformação" — apesar disso, há ainda temores de que a novidade possa aumentar a distribuição de fake news.
Ainda que as mensagens sejam criptografadas — são codificadas de modo que apenas as conversas envolvidas na conversa possam lê-las —, o WhatsApp afirmou na época que vai encorajar que pessoas denunciem comunidade e mensagens problemáticas.
"Sempre que soubermos de comunidades envolvidas em abusos, como distribuição de material de abuso sexual infantil ou coordenação de violência ou tráfico de pessoas, baniremos membros ou admins da comunidade, dissolveremos a comunidade ou baniremos todos os membros da comunidade", disse a companhia.
*Com texto de Guilherme Targiarolli, de Tilt, e Reuters.
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