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Avião espacial dos EUA encerra missão secreta mais longa na órbita da Terra

Militares ao lado do X-37B, avião da Força Aérea dos Estados Unidos - Divulgação/USAF
Militares ao lado do X-37B, avião da Força Aérea dos Estados Unidos Imagem: Divulgação/USAF

De Tilt*, em São Paulo

13/11/2022 12h11

A aeronave espacial estadunidense X-37B bateu o recorde de maior missão militar na órbita da Terra neste sábado (12), circulando o nosso planeta por nada menos que 908 dias.

O avião não tripulado pousou no Centro Espacial de Kennedy (KSC), encerrando oficialmente a missão espacial OTV-6 (Orbital Test Vehicle 6, ou veículo orbital de teste, em tradução livre), iniciada em 17 de maio de 2020.

Com um design que lembra vagamente o Onibus Espacial da Nasa, porém bem menor (só 8,8 m de comprimento, o primeiro tem 33 m), o X-37B é um projeto da Boeing em parceria com a agência aeroespacial norte-americana. Ao todo, apenas duas delas foram fabricadas.

O "X" de sua nomenclatura corresponde ao fato de ser autônomo e experimental, e suas funções conhecidas são transporte e despejo de carga. Sua função principal, segundo a Boeing e as forças espaciais dos Estados Unidos, é de servir de plataforma de testes.

Apesar disso, muitos dos detalhes das missões OTV são confidenciais, como rota, tempo de voo — e até mesmo algumas destas cargas, que são lançadas na órbita terrestre e depois, verificadas se atingem o solo intactas.

Satélites, sementes e mistério...

Durante a OTV-6, o avião espacial carregava um módulo de antena fotovoltaica, desenvolvido pelo Laboratório Naval de Pesquisas dos Estados Unidos — um aparelho do tamanho de uma caixa de pizza, e que converte luz solar em energia, enviada por ondas de rádio.

Outra destas cargas é o FalconSat-8, um satélite experimental da Força Aérea dos Estados Unidos que também possui cinco cargas desconhecidas. Mas nem tudo se trata de experimentos militares — o X-37B também transportou sementes e outros materiais para submetê-los à radiação espacial.

(*) Com informações do Space.com