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Como Bezos, veja bilionários da tecnologia que doarão fortuna para caridade

Jeff Bezos é uma das pessoas mais ricas do mundo - Getty Images
Jeff Bezos é uma das pessoas mais ricas do mundo Imagem: Getty Images

Simone Machado

Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)

17/11/2022 04h00

O fundador da Amazon Jeff Bezos disse que doará a maior parte da sua fortuna de US$ 124 bilhões para instituições de caridade ainda em vida. O bilionário da área de tecnologia, em entrevista à CNN norte-americana, se comprometeu a fazer a doação de US$ 10 bilhões através da Bezos Earth Fund para combater as mudanças climáticas e proteger a natureza.

O Bezos Earth Fund é um fundo criado em 2020 pelo bilionário que financia cientistas, ativistas e ONGs (Organizações Não Governamentais).

O fundador da Amazon é a quarta pessoa mais rica do mundo, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg. Mas não é o único do setor de tecnologia que prometeu doar partes de sua fortuna. Veja outros 10 exemplos.

Bill Gates

Bill Gates - Ryan Lash/TED - Ryan Lash/TED
Bill Gates durante apresentação no TED2022, em Vancouver, Canadá
Imagem: Ryan Lash/TED

Bill Gates, fundador da Microsoft, já afirmou em diversas entrevistas que pretende doar quase todo o seu patrimônio para a Fundação Bill & Melinda Gates no futuro. Segundo a revista Forbes, sua fortuna é estimada em US$ 113 bilhões e ele já repassou outros US$ 57 bilhões para a instituição (US$ 20 bilhões só em julho passado).

A fundação foi criada por ele e sua esposa Melinda para promover ações voltadas à redução da mortalidade infantil, educação, a equidade de gênero e erradicação de doenças (como a malária, por exemplo). Em 2020, era tida como a segunda maior fundação de caridade do mundo com US$ 49,8 bilhões em ativos e apoiada por outros doadores com grande poder aquisitivo.

Gordon Moore

Gordon Moore  - Reprodução/YouTube - Reprodução/YouTube
Gordon Moore é o fundador da Intel, uma das maiores fabricantes de chips do mundo e autor da Lei de Moore, uma das pedras fundamentais da tecnologia. Sua fortuna é estimada em US$ 9,2 bilhões.
Imagem: Reprodução/YouTube

Gordon Moore é cofundador da Intel, onde foi CEO e presidente. Segundo a Forbes, seu patrimônio está avaliado em US$ 12,1 bilhões. Ele é o 182º mais rico do mundo.

Assim como Gates, ele também criou uma instituição com a esposa, a Fundação Gordon e Betty Moore, que já distribuiu US$ 300 milhões em doações. Suas causas são conservação ambiental, saúde, pesquisa científica e projetos na Baía de São Francisco.

Brian Acton

Brian Acton  - Reprodução - Reprodução
Brian Acton, fundador do WhatsApp
Imagem: Reprodução

Brian Acton teve sua vida transformada após ajudar a criar o WhatsApp. De origem pobre, ele acabou se tornando dono de uma das maiores fortunas do mundo quando o app foi comprado pelo Facebook, em 2014.

Hoje, sua riqueza está avaliada "apenas" em US$ 2,4 bilhões, porque já investiu US$ 1 bilhão em ações de solidariedade.

Reid Hoffman

Reid Hoffman é cofundador da LinkedIn, maior rede social voltada para relacionamento profissional do mundo, e também atua em investimentos de risco por meio da Greylock Partners, empresa do Vale do Silício que aposta no Airbnb, entre outras companhias. Ele também integra o conselho da Microsoft.

Sua fortuna atual é estimada em US$ 2,4 bilhões. Em entrevista à revista Forbes, Hoffman contou que destinou US$ 1,5 bilhão a entidades filantrópicas que investem, principalmente, em estudos e soluções tecnológicas.

Joe Gebbia, Brian Chesky e Nathan Blecharczyk

Os três fundadores do Airbnb, famosa empresa de aluguel de casas, fazem questão de destinar parte dos seus faturamentos para causas coletivas. Avalia-se que Blecharczyk detenha US$ 6,2 bilhões; Gebbia, US$ 6,5 bilhões; e Chesky, US$ 8,2 bilhões.

Gebbia e Blecharczyk assinaram o The Giving Pledge (organização filantrópica fundada por Bill Gates, Melinda Gates e Warren Buffett, que incentiva as pessoas com grandes fortunas a contribuir para causas sociais), e prometerem doar a maior parte de suas fortunas para caridade.

Em março, o trio repassou US$ 10 milhões para apoiar refugiados da Ucrânia, após a invasão russa.

Em maio, Gebbia disse que daria a cada formando em sua antiga escola 22 ações do Airbnb. Ele também prometeu US$ 700 mil para ajudar a impulsionar o departamento de artes e a equipe de cross country da intituição. Em junho do ano passado, doou US$ 5 milhões para o braço sem fins lucrativos do Airbnb, o Airbnb.org.

Mark Zuckerberg

mark - Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons - Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons
Mark Zuckerberg, CEO da Meta
Imagem: Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons

O presidente executivo da Meta também assinou o The Giving Pledge, em 2010. Ele afirma que entregará a maior parte de seus US$ 37,2 bilhões (segundo estimativa da Bloomberg) para entidades filantrópicas.

Ele e a esposa, Priscilla, doaram recentemente US$ 75 milhões ao Hospital Geral de San Francisco, que fez várias melhorias de infraestrutura com o dinheiro. Eles também já doaram cerca de US$ 1 bilhão em ações do Facebook à Fundação Vale do Silício.

Dustin Moskovitz

Dustin Moskovitz - Kimberly White/Getty Images/AFP - Kimberly White/Getty Images/AFP
Dustin Moskovitz, 29, cofundador do Facebook
Imagem: Kimberly White/Getty Images/AFP

Cofundador do Facebook, o empresário Dustin Moskovitz é um dos mais jovens bilionários a assinar o The Giving Pledge.

Moskovitz tem ações da Asana, a empresa de gerenciamento de tarefas que ele deixou o Facebook para criar. O patrimônio de Moskovitz foi calculado em US$ 17,8 bilhões pela Forbes em 2021.

Em 2015, Moskovitz, e a esposa, Cari Tuna, doaram US$ 25 milhões à ONG GiveDirectly, que atua no Quênia e Uganda, e doa dinheiro aos mais necessitados em vez de levar os tradicionais remédios.

Além disso, o empresário e a esposa fundaram a Good Ventures para ajudar a distribuir sua riqueza.

Larry Ellison

Dono da Oracle (multinacional de tecnologia norte-americana, especializada no desenvolvimento e comercialização de hardware e softwares e de banco de dados), Larry Ellison é a 11ª pessoa mais rica do mundo, de acordo com o ranking de bilionários da Bloomberg. Seu patrimônio é avaliado em US$ 90 bilhões.

Ele é conhecido por manter um estilo de vida luxuoso e cheio de extravagâncias. Mas, recentemente, se comprometeu a doar 95% de sua riqueza para instituições de caridade, especialmente sua fundação de pesquisas médicas.