Esta noite tem pico da chuva de meteoros Leônidas; saiba como observar
Após a Táuridas do Sul, no início do mês, a segunda e última chuva de meteoros de novembro atinge seu pico esta noite. De média intensidade, a Leônidas costuma gerar até 15 "estrelas cadentes" por hora.
Mas ela é conhecida por sua imprevisibilidade; em alguns anos, pode gerar uma "tempestade": um surto incomum de intensidade, com centenas de meteoros por hora.
Para nossa sorte, o hemisfério Sul será privilegiado na observação. A Lua, na fase minguante com pouco brilho, também contribuirá.
A Leônidas pode ser vista de qualquer ponto do Brasil, a olho nu. Porém, o melhor horário para tentar ver os meteoros é chatinho, durante a madrugada entre hoje (17) e sexta-feira.
Como ver?
- Os meteoros poderão ser vistos somente após a 1h da manhã, quando a constelação de Leão estiver nascendo no horizonte leste (mesma direção em que nasce o Sol).
- Um app ou site de astronomia (como Star Walk, Stellarium, Star Chart, SkySafari ou Night Sky) podem ajudar a apontar esta área do céu e o horário de visibilidade em sua cidade.
- A constelação de Leão é o radiante da chuva (por isso seu nome), o que significa que os meteoros aparentam convergir ali.
- Não é preciso focar o olhar nela; mantenha o campo de visão aberto, pois eles podem surgir de qualquer ponto ao redor.
- O melhor horário para observação é entre 3h e o nascer do Sol, quando o radiante estiver mais alto no céu.
- Fique confortável, de preferência em uma cadeira reclinável e em um local com pouca poluição luminosa, e espere pelas "estrelas cadentes" -- se vir uma, faça um pedido como manda a tradição.
- A madrugada seguinte, entre sexta-feira (18) e sábado também é uma ótima oportunidade de observação, basta repetir este mesmo processo.
Por que acontece?
A Leônidas acontece todos os anos nesta época, quando a Terra, em seu movimento em torno do Sol, atravessa uma trilha de detritos deixados pela passagem do cometa 55P/Tempel-Tuttle.
O momento de maior atividade da Leônidas, entre os dias 17 e 18, é quando atravessamos a área mais densa e central do rastro, mas a chuva segue ativa até o final deste mês, cada vez menos intensa.
Esta chuva é conhecida por gerar meteoros com rastros longos e esverdeados, devido à composição do cometa de origem.
O Tempel-Tuttle tem um período orbital de aproximadamente 33 anos; a última vez que passou por perto da Terra foi 1998; e deve voltar em 2031. Mas todos os anos nos dá motivo para nos lembrarmos dele.
A próxima grande chuva de meteoros é a Geminídeas, com pico entre 13 a 14 de dezembro e até 20 meteoros por hora, formada por detritos do asteroide 3200 Faetonte.
O que é um meteoro?
"Meteoro" é o nome do fenômeno luminosos popularmente conhecido como "estrela cadente".
É gerado por pequenos pedaços de rochas e poeira espacial, em geral fragmentos de cometas e asteroides, que queimam ao entrar na atmosfera da Terra.
Os meteoros mais brilhantes são classificados como bolas de fogo (fireball); e os mais explosivos como bólidos.
Todos são inofensivos, pois, em geral, se desintegram bem antes de atingir o solo. Se sobram fragmentos, são pequenos e recebem o nome de meteoritos.
Já um cometa, a grosso modo, é uma enorme bola de gelo sujo, formado por poeira cósmica, partículas rochosas maiores e gases congelados, como amônia, metano e sódio.
Quando se aproxima do Sol, os gases e a poeira ficam flamejantes e são expelidos, criando a cauda característica. É como um caminhão-caçamba, que vai derrubando terra pela estrada.
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