Leônidas: chuva de meteoros risca o céu de Sorocaba (SP); veja vídeos

Nos últimos dias, uma estação de monitoramento astronômico de Sorocaba registrou diversos meteoros, incluindo um grande bólido brilhante. A grande maioria dos clarões faz parte da chuva de meteoros Leônidas (ou Leonídeas), que alcançou seu pico na última semana.

A Leônidas, normalmente de média intensidade, é conhecida por sua imprevisibilidade: em alguns anos, pode gerar uma "tempestade de meteoros" (um surto incomum, com centenas de "estrelas cadentes" por hora).

Não foi o caso, mas ainda sim é um belo registro, do astrônomo amador Adriano Fonseca, membro da Exoss (projeto coloborativo brasileiro de estudo de meteoros). Em uma única noite, a estação registrou dezenas deles riscando o céu da cidade, em diversas direções, incluindo um (meteoro super brilhante e explosivo).

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Além disso, na madrugada do dia 18, ele filmou outro belo bólido, que deixa um rastro longo e esverdeado — devido ao tamanho e composição da rocha espacial de origem — e explode no final.

Assista em detalhes:

Chuvas de meteoros

Chuvas de meteoros acontecem anualmente, quando a Terra, em seu movimento em torno do Sol, atravessa as trilhas de detritos deixados pela passagem de cometas e, em raros casos, asteroides.

No caso da Leônidas, ela é gerada por resquícios do 55P/Tempel-Tuttle. Seu momento de maior atividade é sempre entre os dias 17 e 18 de novembro, quando atravessamos a área mais densa e central do rastro. Mas a chuva segue ativa até o final deste mês, cada vez menos intensa — você ainda pode ver alguns meteoros.

O Tempel-Tuttle tem um período orbital de aproximadamente 33 anos; a última vez que passou por perto da Terra foi 1998; e deve voltar em 2031. Mas todos os anos nos dá motivo para nos lembrarmos dele.

A próxima grande chuva de meteoros é a Geminídeas, com pico entre 13 a 14 de dezembro e até 20 meteoros por hora, formada por detritos do asteroide 3200 Faetonte.

O que é um meteoro?

"Meteoro" é o nome do fenômeno luminosos popularmente conhecido como "estrela cadente".

É gerado por pequenos pedaços de rochas e poeira espacial, em geral fragmentos de cometas e asteroides, que queimam ao entrar na atmosfera da Terra.

Os meteoros mais brilhantes são classificados como bolas de fogo (fireball); e os mais explosivos como bólidos.

Todos são inofensivos, pois, em geral, se desintegram bem antes de atingir o solo. Se sobram fragmentos, são pequenos e recebem o nome de meteoritos.

Já um cometa, a grosso modo, é uma enorme bola de gelo sujo, formado por poeira cósmica, partículas rochosas maiores e gases congelados, como amônia, metano e sódio.

Quando se aproxima do Sol, os gases e a poeira ficam flamejantes e são expelidos, criando a cauda característica. É como um caminhão-caçamba, que vai derrubando terra pela estrada.