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Meta endurece regras dificultando contato de adultos suspeitos com menores

Para Meta, conta suspeita é aquela que já foi bloqueada ou denunciada por um adolescente - Getty Images
Para Meta, conta suspeita é aquela que já foi bloqueada ou denunciada por um adolescente Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

21/11/2022 10h00

Adolescentes com conta no Facebook e no Instagram terão camada extra de segurança contra adultos suspeitos, anunciou a Meta na manhã desta segunda-feira (21). A ideia, segundo o conglomerado de redes sociais, é fazer com que este público se sinta mais "confortável" nas plataformas da companhia.

Nos últimos anos, a companhia tem se dedicado a aumentar a segurança de adolescentes, seja dificultando que suspeitos entrem em contato com eles ou limitando o alcance de determinados anúncios — o Instagram, por exemplo, já foi acusado de ser tóxico para jovens, sobretudo para as meninas.

De modo prático, as principais alterações que começam a vigorar nas duas redes sociais são que adultos suspeitos não serão mostrados como recomendação no "Pessoas que você talvez conheça" e não poderão mandar mensagens para adolescentes.

A Meta explica que uma conta "suspeita" é "aquela que pertence a um adulto que pode ter sido recentemente bloqueado ou denunciado por um jovem".

Outra mudança para conta de adolescentes tem relação com um endurecimento nos padrões de segurança no Facebook.

Dessa forma, as pessoas poderão escolher:

  • quem pode ver sua lista de amigos
  • quem pode ver as pessoas, Páginas e listas que seguem
  • quem pode ver as publicações em que seus perfis foram marcados
  • rever publicações em que foram marcados, antes que apareçam no perfil

No ano passado, o Instagram implementou recursos parecidos para adolescentes. Então, contas deste público se tornaram privadas por padrão, ficaram mais difíceis de serem localizadas por contas suspeitas do alcance de anunciantes.

Por que o cuidado com adolescentes?

A proteção aos adolescentes tem uma questão de segurança — no caso, evitar assédio a menores por ser crime —, mas também uma preocupação em tornar as plataformas da Meta "amigáveis" para este público e, consequentemente, para os responsáveis. Em tese, se pais sabem que uma rede não é segura ao suficiente, não deixará seus filhos a utilizarem.

Na pesquisa TIC Kids Online, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil em agosto deste ano, o TikTok foi apontado como rede mais usada por crianças e adolescentes no país, superando o WhatsApp e o Instagram — ambas plataformas pertencentes à Meta.