ANÁLISE
Review: Apple Watch SE é R$ 1.900 mais barato que o Series 8, mas compensa?
Rodrigo Lara
Colaboração para Tilt
22/11/2022 04h00
Quem está acostumado com a Apple já sabe que a sigla "SE" indica um modelo de entrada - uma versão com menos recursos (e mais barata) de algum produto premium. Já era válida para iPhones e, há alguns anos, também para smartwatches: em setembro foi lançada a segunda geração do Apple Watch SE.
A redução no preço é expressiva: no site brasileiro da Apple, o "irmão caçula" sai por R$ 1.900 a menos que o Apple Watch Series 8 (que Tilt também já testou).
Ambos também foram avaliados para o evento Tilt Lab Day, que analisou 8 modelos de smartwatches atualmente no mercado. Como era de se esperar, o Series 8 faturou vários prêmios (confira os campeões no vídeo no topo da página), e o SE ficou firme na vice-liderança em três categorias.
Mas quão grande é realmente essa diferença? Ela compensa os R$ 1.900? Confira em detalhe a seguir.
Como ele é?
Quem olhar rápido não vai notar nenhuma distinção visual entre eles. Até o tamanho reduzido do SE é quase imperceptível. Seus modelos de 40 mm e 44 mm são apenas 1 mm menor que os do Series 8.
O SE é operado por uma coroa rotativa (que também pode ser pressionada) e um segundo botão mais "camuflado", logo abaixo. E, claro, como em outros smartwatches, a tela é sensível ao toque.
Curiosamente, quem a pulsiera é que é "indomável" (um problema recorrente na linha). Requer prática para ser presa ao pulso e, até você se acostumar, vira uma tarefa bem chata e demorada. E talvez você a repita com certa frequência, porque as pulseiras são intercambiáveis e há vários modelos de cores e estilos para combinar com o seu visual.
Se a Apple talvez ainda não tenha refinado a parte mecânica, a parte eletrônica segue incomparável. O pareamento com o iPhone (só funciona com ele) é quase instantâneo, lisinho. Acessar suas funções pelo relógio também é tranquilo. Você nem vai precisar caçar o manual na caixinha.
Quase completo
Em relação ao 8, o SE não usa o sistema de tela "sempre ativa" nem tem classificação IP6X de resistência à poeira. Também.perde três funções principais: não faz medição de oxigênio no sangue, eletrocardiograma ou monitoramento da temperatura do corpo (usado para detalhar o ciclo menstrual).
As demais funções permanecem, como o acompanhamento de uma enorme quantidade de modalidades esportivas. Entre elas:
- caminhada e corrida (indoor e outdoor)
- bicicleta
- musculação
- natação
- futebol
- basquete
- trilha
O Watch SE também faz medição de batimentos cardíacos, detecta quedas ou acidentes e oferece controle multimídia, intalação de apps e opções para personalizar a aparência.
Seu "motor" também é o chipset Apple S8, então ele é tão rápido quanto o Watch Series 8. Mas, assim com o "irmão mais velho" (e tantos outros produtos da empresa), sua bateria não é das melhores. Dura cerca de um dia, mas pode render um dia e meio ao se utilizar o modo econômico, que limita certas funções.
Vale a pena economizar?
Para o meu uso cotidiano, mais voltado à prática esportiva e às funcionalidades comuns, as reduções em relação ao Watch Series 8 não fizeram falta.
Outros usuários, porém, podem se frustrar. Especialmente as pessoas que menstruam: o controle do ciclo ainda precisará ser feito manualmente.
Dentre os pontos positivos estão:
- principais funções de monitoramento de saúde estão presentes
- vasta gama de modos esportivos
- desempenho rápido e facilidade de uso
- preço consideravelmente inferior ao do Series 8
Os negativos pesam um pouco mais se considerarmos que, pelo valor cobrado pelo SE, é possível levar para casa um Series 7 (e ainda sobra um pouco de grana). O modelo da geração anterior não perde em nada para o novato - e mesmo em relação ao Watch Series 8, ele apenas não tem o monitoramento de temperatura corporal.
Mas, se a ideia é ter o produto mais recente, o SE ainda vale a pena. É um smartwatch completo, simples de usar e estiloso que, em sua essência, não deve nada ao irmão mais caro.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL