Após conflito violento, fábrica do iPhone pede desculpas; veja imagens
Centenas de funcionários da Foxconn em Zhengzhou (China), responsável pela fabricação de iPhones, protestaram por melhores condições de trabalho e pagamento, o que resultou em um conflito violento com a polícia local
Após o incidente, a Foxconn pediu desculpas nesta quinta-feira (24) e disse que houve um problema técnico que impossibilitou o pagamento apropriado dos trabalhadores.
Para acabarem os protestos violentos, a companhia chinesa ofereceu aos trabalhadores US$ 1.400 (cerca de R$ 7.500), o que é o equivalente a quase dois salários, além de pedir para que não haja violência por parte da polícia local (nas imagens estão vestidos de branco para se protegerem da transmissão de covid-19).
Os protestos começaram na terça-feira (23), e eles reivindicavam melhores condições após a imposição de medidas de lockdown por causa de covid-19 e pelo não cumprimento de acordos relacionados a pagamento e alimentação.
Desde outubro, com o crescimento de casos de covid em Zhengzhou, conhecida também como "cidade do iPhone", alguns trabalhadores tiveram que voltar para suas casas. A Foxconn, então, contratou novos funcionários com a promessa de pagamentos extras — são justamente estes que estavam protestando.
No entanto, segundo funcionários ouvidos pela BBC, houve uma mudança de contrato em que não havia mais o dinheiro na data prometida (começariam receber apenas em março do ano que vem), além de não terem comida o suficiente enquanto estavam em quarentena no trabalho.
Vale ressaltar que essas fábricas são como cidades. Muitos funcionários ficam alojados em dormitórios e contam com infraestrutura de lazer. Após um tempo, voltam para suas casas.
A fábrica de Zhengzhou emprega mais de 200 mil pessoas, e ela é responsável por produzir telefones como o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max.
Em divulgação de resultados recente, a Apple disse que já contava com uma redução de produção de iPhones 14 vindos da China devido à redução de produção na fábrica de Zhengzhou.
*Com informações da BBC e do The Verge
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