SPORT: satélite brasileiro é lançado pela Nasa e SpaceX; veja vídeo
O satélite brasileiro SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task ou "Tarefa de Pesquisa de Observações de Previsão de Cintilação") foi lançado neste sábado (26), em uma parceria da Agência Espacial Brasileira (AEB) com a Nasa. Sua missão principal é investigar anomalias magnéticas da Terra, na região do Atlântico Sul.
A decolagem aconteceu do Centro Espacial Kennedy (KSC), na Flórida — a mesma base de onde partiu a missão Artemis para a Lua, há duas semanas. Nosso mini satélite pegou carona na missão CRS-26, de reabastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS).
Ele foi lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que enviou uma cápsula Dragon 2 cheia de mantimentos, experimentos científicos e equipamentos (como novos painéis solares) para os astronautas que estão no laboratório em órbita terrestre.
Veja o momento:
"O que tornou isso possível foi a resiliência e a competência dos alunos e pesquisadores do ITA, apoiados por nossos parceiros da Nasa, do INPE, da Utah State, da Universidade do Texas em Dallas e da empresa Aeroespace. Só com a participação de todos pudemos entregar o satélite pronto para o lançamento. Agora estamos vivendo a excitação e o nervosismo de esperar para ver os frutos deste trabalho conjunto", disse o gerente do projeto, professor Doutor Luís Eduardo Vergueiro Loures da Costa.
O SPORT
Nosso novo dispositivo no espaço é um nanossatélite do tipo CubeSat 6U. Do tamanho de uma caixa de sapatos e pesando 9kg, é capaz de realizar monitoramentos avançados — a um custo bem mais baixo que dos grandes satélites.
Ele foi desenvolvido no Brasil pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE) e com a agência espacial dos Estados Unidos. Alguns instrumentos científicos foram construídos por universidades norte-americanas e pela empresa Aerospace.
O SPORT tem a missão de monitorar a ionosfera (camada superior da atmosfera) e investigar as anomalias geomagnéticas sobre o Brasil e arredores. Assim, contribuirá para estudos dos efeitos das tempestades solares — que ocasionam perturbações, como bolhas de plasma, que podem prejudicam diversas atividades (comunicações, sinais de GPS, transmissão de energia), comprometendo a segurança e infraestrutura do país.
Os dados coletados também serão usados pelo Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), coordenado pelo INPE.
Nos EUA, o satélite está sob a responsabilidade do Marshall Space Center, da Nasa, em Huntsville, Alabama.
País do futebol
Caso esteja se perguntando e como o logo sugere, o nome do satélite (além do significado do acrônimo) também é uma homenagem ao futebol, especificamente ao Sport Clube do Recife.
Ele foi batizado pelo líder da divisão de Clima Espacial da Nasa, Jim Spann, que cresceu em Pernambuco era um entusiasmado torcedor do time na infância.
"Seu objetivo não era apenas homenagear a sua equipe favorita, mas também promover a educação espacial para a próxima geração", afirma a AEB em comunicado.
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