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Se o Universo é infinito, como pode ele continuar se expandindo?

Novas estrelas capturadas no Universo profundo pelo telescópio James Webb - Reprodução/Nasa
Novas estrelas capturadas no Universo profundo pelo telescópio James Webb Imagem: Reprodução/Nasa

De Tilt, em São Paulo

04/12/2022 04h00

Ainda não há explicação definitiva para a expansão do Universo, mas se sabe que a distância entre as galáxias está aumentando. Essa distância é calculada a partir dos desvios para o espectro vermelho do campo eletromagnético dos comprimentos de onda.

Ou seja, à medida que as galáxias se afastam de nós, os comprimentos de onda da luz emitidos por elas "se esticam", e as linhas de seu espectro se deslocam para a extremidade vermelha do campo.

Por outro lado, como não conseguimos medir o tamanho do Universo, a teoria mais aceita hoje é de que ele é infinito.

A observação de que o Universo é homogêneo corrobora essa ideia: dentro do que os astrônomos conseguem estudar, há semelhança nas composições dos elementos em diferentes "lugares" do Universo., o que é tomado como regra geral.

Não significa, porém, que ele seja igual em todos os lugares.

Apesar de não existirem evidências que provem definitivamente que o Universo é homogêneo e infinito, há fortes indícios para crer que ele seja plano, isto é, sem curvatura.

O fato de não "se fechar" em uma esfera é tomado como prova de sua infinitude. É como se o Universo fosse uma folha de papel infinita que se espalha em todas as direções.