Testei TV avançada da LG e agora estou em crise com a antiga rainha da sala
Quando comecei a testar a TV OLED Evo 42C2, que ocupa o topo da gama entre os modelos da LG atualmente, nem de longe imaginei que a experiência me traria certa dor de cabeça. As 42 polegadas e seus recursos — que devem atrair bastante o público gamer — me fizeram ver problemas na minha atual TV, onde antes eu via qualidades.
Explico: minha TV principal passa longe de ser um modelo básico. Trata-se de uma Samsung QLED de 2019 e, até então, eu estava satisfeito para as mais variadas atividades, seja assistir a séries, TV aberta ou jogar videogame. A tecnologia usada na linha lançada neste ano ajudou a sacramentar uma crise na relação entre eu e a então rainha da estante da sala.
O que a TV da LG tem de ótimo
- Painel OLED, no qual os pixels se iluminam individualmente. O "Evo" do sobrenome aponta para uma melhoria no brilho da tela, 20% superior ao da antecessora, linha C1.
- Esse método de funcionamento dos painéis é superior aos de modelos com LED (e variações). Ele gera imagens com cores mais vivas e um contraste superior. Até mesmo olhos pouco treinados rapidamente percebem a diferença.
- É menos propenso à ocorrência de burn-in, aquele problema que faz com que surjam manchas na tela quando uma imagem é exibida na mesma posição por muito tempo.
Minha crise com o amor antigo
Passado esse choque inicial, voltei à minha TV "antiga" (lembre-se: a rainha da minha sala) convicto de que havia uma razão para a imagem do modelo LG parecer tão melhor: algum ajuste de imagem incorreto na minha.
De fato, havia alguns parâmetros com ajustes errados (admito, sou muito curioso e várias vezes mexo em opções de eletrônicos só para "ver o que acontece"). Contudo, mesmo após passar bons minutos mexendo na minha TV de casa e melhorando sua imagem, não consegui deixar a imagem tão boa quanto à exibida pela LG.
Foi mais um motivo para eu começar a ver defeitos no meu antigo amor.
Melhor experiência em filmes e games
A qualidade das imagens da LG OLED Evo C2 ficam mais perceptíveis dependendo do conteúdo reproduzido. Isso ocorre na hora de assistir a filmes, séries e, principalmente, jogar videogame.
Esse tipo de conteúdo geralmente traz imagens mais "dramáticas", que apostam em cores mais vivas e contrastes entre luz e sombra. São justamente os pontos fortes dela.
Filmes e séries: a imagem mais viva proporciona uma experiência excelente. Isso é notado não apenas em cenas com muitas cores, mas também naquelas situações quando há pouca iluminação — o alto nível de contraste evita que detalhes acabem sumindo das imagens.
Games: Liguei um PlayStation 5 na TV e o resultado foi fantástico. Ajuda o fato de a TV ter uma série de recursos destinados a esse uso, como todas as quatro entradas serem HDMI 2.1, que permitem reprodução de conteúdos com resolução 4K e taxa de atualização de 120 Hz.
Esse alto índice faz com que imagens em movimento sejam exibidas de maneira mais fluida, o que torna a experiência visual mais agradável. TVs mais comuns possuem taxa de 60 Hz.
A TV também é capaz de detectar automaticamente se um console está conectado e, assim, fazer ajustes automáticos para oferecer a melhor qualidade de imagem possível e baixíssima latência: 1 ms, o que evita um atraso de tempo perceptível entre você fazer um comando no controle e a ação ser representada na tela.
Lado "smart" não impressiona tanto
Não por demérito, mas sim porque uma TV ter uma sistema operacional que oferece uma vastidão de conteúdos em forma de apps de streaming não é exatamente uma novidade nos dias atuais. Netflix, Amazon Prime Video, Disney Plus, Spotify e outros estão disponíveis.
Como bônus para quem curte games, há suporte nativo ao serviço:
- GeForce Now: que permite jogar games via streaming usando apenas um controle bluetooth pareado com a TV, sem a necessidade de um videogame
- Twitch, o que permite fazer transmissões de jogos diretamente da TV.
Achei o menu da TV um tanto confuso, com uma hierarquização de informações que parece privilegiar muito mais o visual do que a praticidade.
Controle remoto ok
Não me agradou muito. O controle é grande.
Ele até tem um modo de funcionamento que o torna sensível ao movimento, permitindo selecionar os ícones da tela ao se apontar para eles. Mas se mostrou melhor na teoria do que na vida real. Selecionar ícones dessa forma demora e é um tanto frustrante.
Seria muito mais interessante se, ao invés disso, o controle remoto dispensasse as pilhas e fosse alimentado por energia solar, como já ocorre em modelos da concorrência.
Conclusão: quero comprar, mas não vou
Não dá para negar que o período de convivência com a LG OLED Evo C2 foi bastante positivo e vai deixar saudades. A vontade imediata, claro, seria trocar a minha TV atual por uma de 55 polegadas da linha C2 LG, já que ela oferece uma imagem melhor, especialmente para conteúdos que consumo muito, além de ser mais fina e mais leve do que a minha atual.
Há, porém, um grande empecilho para isso (e que faz as TVs OLED serem sonho de consumo distante para a maioria das pessoas): o preço alto. No site da fabricante, o modelo testado sai por R$ 5.794,05 à vista (R$ 6.099 se o pagamento for a prazo) — valor que aumenta, claro, nos tamanhos maiores.
Uma pesquisa em varejistas aponta preços menores, mas todos iguais ou superiores a R$ 4 mil. Por esse investimento é possível levar para casa TVs maiores. Por mais que não ofereçam o suprassumo da qualidade visual, passam longe de decepcionar para o dia a dia.
O conselho aqui é o seguinte: se você quer trocar de TV, mas está com dinheiro contado para isso, se inspire na história do confronto mitológico entre Perseu e a Medusa. Não, você não se transformará em pedra ao olhar para a tela da LG OLED Evo C2, mas ao fazer isso é bem possível que o que você verá ali fará você gastar bem mais do que pretendia.
A gente escolhe cada produto criteriosamente, de forma independente, e checa os preços na data da publicação (ou seja, podem variar!). Ao comprar pelo nosso link, ganhamos uma comissão, mas você não paga a mais por isso.
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