'Deu certo': eles encontraram o amor e dão dicas para usar apps de encontro
É possível encontrar o grande amor da sua vida em aplicativos de relacionamento. Casais apaixonados em relações duradouras e estáveis estão aí espalhados pelo Brasil - e pelo mundo - para provar.
O engenheiro Benjamin confessou no Twitter como a sua vida saiu da descrição da bio do Tinder "procuro namoradinha pra jogar pokémon comigo" para o status de relacionamento "casado com o amor da minha vida usando tênis de pokémon combinando".
O post, claro, viralizou. E houve até quem quisesse usar a mesma frase no perfil do app.
Benjamin não é o único. Recentemente, a designer de unhas Thuane Martins também compartilhou no Twitter como se sente, de certa forma surpresa, por ter conhecido no Tinder o seu marido e pai de sua filha Maitê - que ainda está na barriga.
"E nós que nunca imaginávamos que o Tinder nos daria uma família linda como está", disse ao compartilhar as fotos do seu ensaio de gestante. A publicação recebeu centenas de comentários e retuítes.
Assim como os dois casais, existem muitas histórias inspiradoras que começaram com um match despretensioso. "Há muitas verdades nos apps de relacionamento. Vai depender muito de quem está por trás da tela, de suas intenções e da vontade de fazer dar certo. No fim das contas, é sobre o encontro de pessoas", afirma a gerente de operações Rafaela Albuquerque, de 33 anos.
Ela conheceu o marido no aplicativo de relacionamento Bumble, em agosto de 2017. Ela contou que antes dele já havia conhecido alguns rapazes e tido algumas frustrações que chegaram até a fazê-la desacreditar na ferramenta como um caminho para conhecer alguém legal. Rafaela queria então apenas se divertir no app.
Mas desde que ela e seu marido se curtiram no app, os dois não se desgrudaram mais, segundo Rafaela, com direito a pedido formal de namoro após alguns encontros. Eles noivaram um ano depois, no Natal de 2018.
"Nós sempre nos demos muito bem desde que nos conhecemos. Nunca fomos aquele casal que gosta de tudo igual mas nossas diferenças sempre se encaixaram muito bem. Estamos juntos há cincos anos, viajamos por muitos lugares e já moramos em três países diferentes: Irlanda, Brasil e atualmente Emirados Árabes. Do Bumble para o mundo", brincou Rafaela.
Para muitas pessoas - especialmente as tímidas ou que não curtem baladas, bares e festas - os aplicativos de relacionamento são ferramentas para conhecer novas pessoas e encontrar uma pessoa com objetivos de vida e estilos em comum.
A consultora organizacional Tatiana Varela, 38, tinha acabado de sair de um casamento que não havia dado certo. Entrou no Happn, em 2016, na intenção de conhecer novas pessoas, mas sem compromisso.
Seu atual esposo foi um dos primeiros contatos feitos no aplicativo assim que criou seu perfil. De lá pra cá, já somam sete anos juntos, um casamento e uma filha.
"Independente se o espaço do encontro é digital ou físico, o que importa é a intenção de cada um. Se alguém conhece uma pessoa de forma presencial, não há garantias de que essa relação dará mais certo do que quem se conheceu em aplicativos. A manutenção de uma relação é uma escolha diária dos dois. E a gente se escolheu e se escolhe todos os dias", declara Tatiana.
Segundo ela, ter valores e objetivos de vida em comum é uma maneira de identificar que um encontro vai dar certo. "Não sei se acreditamos em amor romântico, mas posso dizer que encontrei um príncipe encantado melhor do que qualquer conto de fadas que escutei na infância".
E foi justamente a semelhança que uniu o casal Débora, 45, e Darren McAteer, 49: ela brasileira, e ele, irlandês. A jornalista acredita que se não fosse o Tinder talvez jamais tivesse conhecido o seu esposo em 2017. Eles não moravam no mesmo país e tinham estilos de vida diferentes.
"Eu achava loucura app de relacionamento. Para mim, a paquera tinha que ser cara a cara, olho no olho, para 'sentir a química'. Mas acabei me rendendo aos apps e foi a decisão mais acertada", confessa Débora.
Além dos gostos em comum, o que uniu Débora e Darren foi a vontade de ser um casal e construir uma família. No terceiro encontro, decidiram namorar.
"Estávamos no Tinder procurando as mesmas coisas e por isso deu certo. Pensamos parecido, gostamos das mesmas coisas e nos divertimos muito juntos. Estávamos solteiros, não tínhamos filhos e queríamos ser felizes juntos", conta Débora. O casal hoje tem uma filha e vive na Irlanda do Norte.
Há também aqueles que procuram apps de relacionamento apenas para curtir um programa juntos e "nada mais". Mas de repente dão o match no grande amor de sua vida.
Foi o que aconteceu com Vanessa Albuquerque.
"Estava estudando na Europa em dezembro de 2015 e fazia muito frio. Não queria nada sério, apenas conhecer alguém para sair, até porque eu não tinha essa vontade de casar. Mas já no primeiro encontro, Miguel disse que queria um long date [encontro longo, em tradução literal]. Conversamos bastante e pela primeira vez na minha vida me apaixonei no primeiro encontro, antes até de dar o primeiro beijo", brincou Vanessa.
Para quem pretende encontrar um parceiro e uma parceria de vida, Vanessa defende que os apps de relacionamento são um ótimo caminho: "Conheço várias pessoas que se conheceram nos apps de date e estão juntos há muitos anos. Dá muito certo", comemora.
Confira dicas para encontrar um amor nos apps de relacionamento
- Não minta
Tem uma frase que diz: o que começa errado, certamente terá tudo para dar errado.
Se você quer um encontro sincero, comece com um perfil autêntico, assertivo, que deixe explícito suas reais intenções naquele aplicativo. Imagina que o grande amor da sua vida pode te dar o match e depois descobrir que você não é quem você diz ser!
- Use todo seu poder de stalker
Para não cair em ciladas ou em situações até mesmo perigosas, dê aquela velha fuçada na internet a fim de saber mais sobre o match.
Às vezes, em uma simples "googlada" é possível encontrar informações relevantes sobre a trajetória acadêmica e profissional do outro.
Nas redes sociais, também encontram informações e curiosidades sobre o affair, além dos amigos, interações feitas e gostos. Pode não dizer nada, mas também pode indicar muita coisa.
- Deixe claro o que você quer
Nos primeiros encontros, tente deixar claras as suas intenções sem expor completamente o jogo. Essa estratégia evita decepções de ambas as partes ou que alguém saia machucado. E mantenha suas expectativas realistas e equilibradas sobre a pessoa e a relação.
- Não desista no primeiro match
Uma das frases mais comuns a todos que se conheceram em aplicativos de relacionamento é: "já tinha conversado e conhecido várias pessoas, me decepcionado e até nem acreditava mais que conheceria alguém que valesse a pena". Mas conheceu.
Não crie teorias limitantes. Deixe fluir.
- Prefira encontros em locais públicos
A conversa está boa e quer encontrar a pessoa? Vá a locais públicos e movimentados. Em São Paulo, 9 em 10 sequestros ocorreram com pessoas que decidiram marcar um encontro em bairros afastados.
Não custa também deixar algum contato avisado, caso haja algum problema.
- Se deu match na vida real, continue no jogo
Se os gostos são os mesmos e o interesse é mútuo, já é meio caminho andado. Agora se os objetivos de vida são semelhantes, é possível que você tenha encontrado uma parceria para vida. Neste caso, invista na relação.
Do contrário, se os interesses são comuns mas as expectativas de curto e médio prazo não dão match (por exemplo, se o sonho da vida de um é ter filhos, enquanto para o outro a prioridade é viver viajando), talvez seja o caso de rever o status da relação ou vocês podem ter problemas no futuro.
A regra é sempre conversar e quem sabe um romance passageiro não vire uma grande amizade?
- Escolha o app que se adeque ao seu estilo
Quando o assunto é formar um casalzão, não há um aplicativo melhor que outro. Todos são bons ou ruins a depender de quem faz uso deles. E essa avaliação é bem pessoal. Há os apps de relacionamento que se baseiam mais em localização geográfica enquanto outros priorizam o cruzamento de perfis que mais terão chances de dar match.
Há apps que solicitam mais informações do que outros para fazer o cadastro, o que pode ser bom para quem prioriza a segurança e ruim para quem não gosta de se expor.
Na dúvida, vale testar qual o que se encaixa melhor às suas expectativas e à sua dinâmica de vida.
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