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Aurora boreal 'maluca' encanta turistas na Islândia e no Alasca; veja vídeo

Vincent Ledvina
Imagem: Vincent Ledvina

Rafael Souza

Colaboração para Tilt, de São Luís/MA

19/01/2023 17h42

Esta semana, turistas que procuravam por auroras boreais na Islândia foram surpreendidos pela intensidade do fenômeno, que apareceu ainda mais verde e cintilante, dançando pelo céu. Algo raro — e lindo — de se ver.

Um dos viajantes e "caçador de auroras", Vincent Ledvina, classificou o momento como "absolutamente maluco" e postou um vídeo acelerado (timelapse) da aurora que registrou logo acima da cabana onde estava hospedado.

Continuando a maré de sorte, o rapaz voltou para casa, no Alasca (Estados Unidos), e se deparou com mais auroras super intensas.

Veja alguns registros incríveis:

Por que acontece?

Apesar de serem vistas à noite, as auroras boreais só existem graças ao Sol. As luzes coloridas no céu são causadas pela interação entre o campo magnético terrestre e os ventos solares (partículas energéticas "sopradas" da nossa estrela).

Elas se formam na termosfera, uma das camadas mais altas da atmosfera da Terra, com ar rarefeito e muito quente. O que vemos no céu são, basicamente, colisões que liberam energia e luz, através das linhas do nosso campo magnético.

Auroras acontecem apenas nos pontos extremos do globo, muito ao Norte (recebendo o nome de aurora boreal) ou muito ao Sul (aurora austral, que é vista apenas na Antártida e no Ushuaia).

O motivo fenômeno capturado por Ledvina ter sido tão especial é que, nas últimas semanas, têm ocorrido diversas explosões solares, com liberação súbita de energia armazenada na coroa solar, intensificando os ventos.

Uma destas recentes explosões, na semana passada, foi enorme, recebendo classificação X1.9 (a mais poderosa). Até causou um apagão de rádio temporário em partes da América do Sul, América Central e Oceano Pacífico.

Auroras assim mais fortes são raras mas não anomais; fazem parte do aumento da atividade do Sol dentro de seus ciclos naturais de 11 anos.