Robô de conversa do Google? O que esperar do evento da empresa nesta semana
Depois de ameaças de que o robô de conversas ChatGPT colocaria em xeque o reinado (e o modelo de negócios do Google), parece que a gigante de buscas quer marcar território no mercado de inteligência artificial e sua interação com humanos.
O Google realizará um evento nesta quarta-feira (8), diretamente de Paris, na França, às 10h30 (horário de Brasília). Sua descrição parece muito direcionada para o uso de inteligência artificial.
"Estamos reimaginando como as pessoas buscam, exploram e interagem com informação, tornando isto mais natural e intuitivo do que nunca para encontrar o que você precisa", disse a empresa em um vídeo de divulgação, prometendo novidades para o Google Busca, Maps e similares.
Como é de praxe, a transmissão do evento será ao vivo, no YouTube.
O que vem por aí?
Até agora, o Google anunciou no convite que tratará de Google Lens, Tradução, Compras e Mapas.
A suspeita é de que pelo menos parte dos anúncios estejam ligados a integrações com robô de conversas, uma vez que o Google já tem um modelo de linguagem de chatbot, nos moldes do ChatGPT, chamado "LaMDA", e uma IA de geração de imagens chamada "Imagen" — ambas não disponíveis ao público em geral.
No ano passado, inclusive, o Google enfrentou polêmicas após um dos engenheiros envolvidos no projeto de LaMDA, Blake Lemoine, declarar que a inteligência artificial tinha atingido senciência (tornado consciente de si, da sua existência e do mundo ao redor). Parte dessas polêmicas levou à demissão do pesquisador, bem como à suspensão do projeto.
Buscador concorrente?
Mais recentemente, foi a vez do ChatGPT não sair do noticiário. Criada pela empresa OpenAI, a inteligência artificial opera em modelos de conversa baseados na arquitetura GPT-3, que imita comunicação humana. Ela surpreendeu muita gente pela alta capacidade de respostas coerentes, criação de textos (como poemas, músicas e códigos de programação).
A capacidade de responder e realizar tarefas abriu o olho da Microsoft, que estuda parcerias com a empresa para aplicá-la ao sistema de buscas Bing, o que pode significar uma grande ameaça ao Google.
Para correr atrás desse prejuízo, o diretor-presidente do Google, Sundar Pichai, acionou um alerta vermelho dentro da empresa para o desenvolvimento de cerca de 20 projetos com inteligência artificial para 2023.
Além disso, a empresa anunciou recentemente que planeja permitir a interação com os novos modelos de linguagem na hora de fazer suas pesquisas.
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