Yahoo vai demitir 1.600 funcionários e encerrar operações no Brasil
O Yahoo é a nova big tech a anunciar uma demissão em massa. Hoje (10), a empresa revelou que cortará mais de 20% de sua força de trabalho global — cerca de 1.600 pessoas — até o final do ano.
Mil pessoas estão sendo demitidas esta semana, incluindo brasileiros. Algumas operações no país serão encerradas.
O escritório do Brasil já comunicou a demissão de todos os 80 funcionários do Yahoo Business, divisão de negócios, tecnologia e publicidade da empresa. Essa é a área mais impactada no mundo todo, com um corte de 50% do total de trabalhadores em 2023.
Não foram divulgados detalhes sobre outras divisões, como a editorial.
Segundo informações de funcionários apuradas por Tilt, a área de conteúdo também será extinta no Brasil, com o site (yahoo.com.br) funcionando apenas até o final de março.
O CEO Jim Lanzone declarou que os cortes não foram motivados por uma redução de custos, mas sim por mudanças de estratégia; a empresa quer focar em áreas mais lucrativas.
"Estas decisões nunca são fáceis, mas acreditamos que as mudanças irão simplificar e fortalecer nosso negócio de publicidade a longo prazo, ao mesmo tempo em que permitem que o Yahoo ofereça mais valor a nossos clientes e parceiros", diz um comunicado da empresa.
No ano passado, a empresa firmou uma parceria com a agência Taboola, para prestação de serviços de publicidade pelos próximos 30 anos — que será mantida.
O Yahoo pertence ao fundo de investimentos Apollo Global Management, que o adquiriu em 2021, por US$ 5 bilhões. Na época, a empresa tinha 10 mil funcionários; hoje (antes das demissões) eram cerca de 8.000 — até o final de 2023, sobrarão pouco mais de 6 mil.
Fica clara a perda de relevância do Yahoo nos últimos anos, que pode ser explicada pela pandemia e pela concorrência com o Google, que domina o setor.
No total, as big techs, como Amazon, Alphabet (controladora do Google), Meta e Microsoft, já cortaram pelo menos 100 mil pessoas nos últimos meses, em um momento de queda de vendas e recessão econômica dos anos anteriores nos Estados Unidos.
Com informações de Axios e CNBC
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