Astronomia de março terá de Lua das Minhocas a beijo cósmico
Março chega mais tímido, após fevereiro ter como grande evento astronômico a passagem do "cometa verde" C/2022 E3 (ZTF).
Os destaques do terceiro mês de 2023 são três conjunções bem brilhantes e, claro, uma exuberante Lua Cheia. Também há o equinócio de outono, que marca o fim do verão.
Veja abaixo detalhes sobre os fenômenos, como e quando observá-los.
Dica: um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium) são úteis para apontar a posição dos objetos e mostrar os melhores horários de visibilidade em sua região.
2/3: Conjunção Vênus-Júpiter
Uma conjunção significa que dois astros aparecem bem próximos em nosso céu — pode envolver planetas, a Lua ou estrelas. Claro que nos referimos do ponto de vista da Terra, pois, no espaço, eles continuam separados por milhões de quilômetros.
Este "beijo cósmico" será especialmente lindo pois envolve os dois planetas mais brilhantes de nosso céu: Vênus e Júpiter.
Mas a janela de observação é curta: olhe para o horizonte oeste (mesma direção onde o Sol estiver se pondo, por volta das 19h), com o céu ainda um pouco iluminado. O par vai aparecer logo acima do Sol.
Vênus estará à direita e Júpiter à esquerda. De tão colados, podem até parecer um objeto muito brilhante único. Eles se põem por volta das 20h.
7/3: Lua Cheia - Lua das Minhocas
A Lua Cheia de março é conhecida como "Lua das Minhocas" por algumas culturas do hemisfério Norte. Com o final do inverno por lá (e do verão deste lado do globo), o gelo derrete, expondo o solo e seus habitantes, como minhocas e vermes. Mais uma grande oportunidade boa de observar a Lua em seu brilho máximo.
Ela nasce logo após o pôr do Sol, por volta das 19h. Quem tiver uma vista desobstruída poderá admirar os dois fenômenos simultaneamente, um em cada lado do céu. A Lua ficará visível durante toda a noite, atravessando o firmamento de um lado ao outro.
Dica: tente admirar a Lua na primeira hora após nascer, bem próxima ao horizonte, pois efeitos ópticos fazem com que apareça ainda maior, por conta da perspectiva com referenciais terrestres (como prédios e árvores), e apresente belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada, avermelhada, rosada), devido à interação com a atmosfera.
O dia seguinte (8) também é uma ótima oportunidade de observação, com nosso satélite ainda com 100% de iluminação. Mas nascerá um pouco mais tarde, por volta das 19h30.
20/3: Equinócio de Outono - fim do verão
Não é algo observável, mas este dia marca o final do verão e o início do outono no Hemisfério Sul — e do inverno e da primavera, respectivamente, do outro lado do globo.
Às 18h24, será oficialmente uma nova estação: o exato momento em que a luz solar incide igualmente entre os dois hemisférios, alinhada com o Equador, e o Sol avança para o lado norte do firmamento.
A palavra "equinócio" vem do latim, e significa "noite igual" — nesta ocasião, dia e noite têm exatamente a mesma duração.
24/3: Ocultação lunar de Vênus (conjunção)
Basicamente, a Lua vai passar "na frente" de Vênus, que desaparecerá do nosso céu por cerca de uma hora. É como um eclipse. Mas, infelizmente, não será visível do Brasil, pois acontece quando nosso céu está iluminado, por volta das 10h.
Por aqui, apenas veremos os dois bem pertinho um do outro quando o Sol de puser — ou seja, mais uma bela conjunção. Olhe para o horizonte oeste (mesma direção onde o Sol estiver se pondo, por volta das 19h), com o céu ainda um pouco iluminado, e procure pela Lua.
Ela estará superfininha, como um sorriso, pois acaba de sair da fase nova e começa a crescer. E o planeta Vênus — o mais brilhante do nosso céu — aparecerá junto dela, à esquerda e um pouco abaixo, como uma uma grande estrela de brilho fixo.
28/3: Conjunção Lua-Marte
O planeta vermelho aparecerá bem próximo à graciosa Lua crescente. Basta encontrá-la e procurar por uma "estrela" de brilho fixo avermelhado à esquerda dela. Este é Marte.
O par fica visível assim que o céu escurecer, alto
na direção norte, e segue junto, descendo para se pôr a oeste, por volta das 23h. O melhor horário de observação é entre 20h e 21h.
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