Topo

Após bloqueio, usuários relatam volta do Telegram; app está instável

Christian Wiediger/Unsplash
Imagem: Christian Wiediger/Unsplash

De Tilt, em São Paulo

27/04/2023 08h53Atualizada em 28/04/2023 08h44

O Telegram voltou a funcionar para algumas pessoas na manhã desta quinta-feira (27), mas sofre instabilidade. A plataforma deixou de funcionar no Brasil na tarde quarta-feira (26) após não cooperar com um pedido de Justiça para entrega de dados de grupos neonazistas.

No Twitter, algumas pessoas passaram a sinalizar o retorno do envio e recebimento de mensagens no Telegram. Tilt também comprovou o retorno da normalidade no uso da plataforma durante a manhã de quinta, por volta das 9h, no entanto, o serviço passou a ficar instável: em alguns momentos se conectava ao servidor, e em outros, não. A última conexão à plataforma aconteceu por volta das 9h30.

Ainda não está clara a razão por que o Telegram voltou a funcionar. . Entramos em contato com a Justiça Federal do Espírito Santo para saber se a plataforma cumpriu o determinado, e ainda não obtivemos resposta. Caso haja retorno, atualizaremos.

O que aconteceu

A plataforma não enviou à Polícia Federal dados completos sobre grupos neonazistas, de acordo com a decisão e o ministro da Justiça, Flávio Dino.

A empresa teria enviado apenas dados parciais de um administrador de um dos grupos alvo de investigação. O pedido oficial, feito pela Justiça do Espírito Santo, solicitou dados completos dos membros das conversas.

"A empresa cumpriu apenas parcialmente a ordem judicial, (...) limitando-se a fornecer as informações do administrador e não de todos os usuários do canal e do grupo (chat), com a justificativa de que isso seria impossível, uma vez que o grupo (chat) já havia sido excluído, o que não foi considerado justificativa razoável para o descumprimento da ordem judicial", diz o comunicado do órgão.

A Justiça então solicitou que as operadoras "cortassem" o acesso ao aplicativo de mensagens em território nacional.

A decisão que causou o bloqueio do Telegram no Brasil tem relação com a investigação sobre o ataque a escolas em Aracruz (ES) em novembro de 2022. O ato deixou quatro mortos (três professores e uma aluna de 12 anos) e 12 feridos.