Programadores ameaçados? IA do Google vai criar app quase sozinha

A era de robôs programadores está cada vez mais próxima após diversos anúncios feitos nesta quarta-feira (10) no Google I/O, evento da empresa para desenvolvedores.

Os impactos para programadores

Google anunciou a PaLM-2, sua inteligência de modelo de linguagem que tem como um dos pontos principais grandes avanços na capacidade de programar.

Algumas das soluções já serão embarcadas em plataformas como o Google Cloud, que contará com um "Code Assistance". A função poderá gerar automaticamente códigos para o Google Cloud Storage.

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Um assistente de chat para programar no Google Cloud responderá a várias perguntas indicando "como fazer algo", "como deixar algo mais eficiente" e "dicas de melhores práticas na programação".

Nova funcionalidade tornará muito mais fácil fazer um lançamento de código no GitHub, por exemplo. Ele vai entender comandos e, em forma de chat, indicará os passos necessários até finalizar a tarefa. Depois, ainda vai monitorar desempenho, latência e muito mais.

Na Vertex AI, divisão do Google Cloud para implementação de aprendizado de máquina por desenvolvedores, será possível, por exemplo, pedir em linguagem generativa para criar uma função no app e ele vai escrever o código,

Ainda pela Vertex AI, será possível fazer debug (correção de problemas) e até entender códigos de outras pessoas com que você não tem familiaridade.

Ameaça a programadores?

Outros sistemas generativos de linguagem, como o ChatGPT, da OpenAI, também são capazes de programar e escrever códigos do zero. A tecnologia ainda esbarra em erros, mas tem sido cada vez mais testada por empresas e programadores como um auxílio ao trabalho.

É claro que as soluções não são tratadas diretamente como uma ameaça a programadores e seus empregos. A ideia é que auxiliem desenvolvedores em todo o mundo a criar e otimizar suas aplicações, acelerando sua produtividade e eliminando tarefas rotineiras.

Contudo, os avanços de IA na área de programação têm sido palpáveis. Se antes a programação era entendida como "a próxima linguagem universal" e ensinada em escolas, agora cada vez mais se aproxima um futuro em que robôs interpretarão nossa linguagem e programarão nossos produtos com base no que queremos.

Não à toa, a programação, assim como diversas outras profissões, está em ranking de empregos ameaçados pelas novas possibilidades geradas pelos avanços recentes da inteligência artificial.

*O repórter viajou a convite do Google