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Tela grande, apps, comando de voz: o que considerar na hora de trocar a TV?

Smart TV Samsung QLED - Divulgação/ Samsung
Smart TV Samsung QLED Imagem: Divulgação/ Samsung

Eduardo Bonjoch

Colaboração para Tilt, de São Paulo

31/05/2023 04h00Atualizada em 01/06/2023 11h53

Se você está em dúvida sobre se troca ou não de TV, um bom caminho para decidir é responder a três perguntas básicas.

Dependendo das respostas, fica mais claro se, de fato, chegou o momento de aposentar o televisor da sala ou do quarto. Ou se ainda dá para ficar com o aparelho por mais algum tempo.

1. Você está satisfeito com o tamanho e a imagem da sua TV?

Quem troca de TV, geralmente, está atrás de uma tela maior. E quando a imagem aumenta, a boa qualidade depende da resolução. Hoje, a grande maioria das TVs de 50 ou mais polegadas é 4K. Com 3.840 por 2.160 pixels, essa resolução é quatro vezes superior à das TVs Full-HD de anos atrás, como a que você, provavelmente, tem em casa.

Para o telespectador, as principais vantagens são o maior detalhamento, nitidez e profundidade da imagem, principalmente se o conteúdo exibido já for transmitido em 4K. Nos serviços de streaming, séries e filmes em 4K vêm se tornando uma tendência. Netflix, Amazon Prime Video, Disney+, Apple TV+ e HBO Max lideram a oferta de conteúdo desse tipo — só a primeira cobra a mais por isso em uma assinatura premium, de R$ 55,90. A velocidade mínima de internet recomendada é de 30 Mbps (megabit por segundo).

Este ano, o 4K também chegou ao Campeonato Brasileiro. Assinantes do plano Globoplay + canais ao vivo e de alguns pacotes de TV por assinatura com suporte a essa resolução podem acompanhar pelo menos uma partida por semana em altíssima resolução. Vale lembrar que na TV aberta e em quase toda a programação dos canais fechados, a resolução padrão ainda é Full-HD.

Nas TVs menores, a resolução varia. Entre os televisores de 40 a 50 polegadas, o consumidor encontra modelos Full-HD e 4K. Na dúvida, a dica é simples: procure o televisor com maior resolução, desde que o valor caiba no seu bolso.

Já entre os modelos com 32 ou menos polegadas, todos trazem definição HD — com exceção do The Frame, da Samsung. São 1.366 por 768 pixels, padrão inferior ao Full-HD, que era comum nessa categoria há anos atrás. Portanto, fique alerta na hora da troca para não levar um televisor novo com resolução inferior à da tela que você já tem.

E quanto ao tamanho? Atrapalha na hora de instalar em casa? Boa notícia é que, com o aumento da resolução, já é possível ter uma tela grande em um ambiente pequeno, de 10 a 15 metros quadrados.

Especialistas americanos consideram 2 metros uma boa distância mínima entre o sofá e um televisor 4K de 50 a 65 polegadas. Se preferir, faça o teste na loja: basta se posicionar em frente ao modelo de sua preferência, manter a mesma distância que você tem em casa e tirar suas próprias conclusões.

2. Sua TV é smart? Oferece os apps de que você gosta?

Quem tem uma TV à beira da aposentadoria costuma passar por alguns perrengues. Há desde as telas que nem são smart TVs —ou seja, incapazes de acessar a internet— até modelos que não recebem mais atualizações por parte dos fabricantes, por já terem ultrapassado os cinco anos de vida útil estimados para o produto e previstos pelo Código de Defesa do Consumidor.

Sem atualizações, o telespectador fica refém de versões antigas dos aplicativos, que começam a travar e transformam momentos de lazer em um inferno. Além disso, a TV do passado não vai rodar os apps que surgirem.

Há duas soluções: escolher entre trocar de TV ou investir em um dispositivo que transforma qualquer tela em smart, como o Chromecast (Google), Roku Express, Fire TV (Amazon) ou Mi TV Stick (Xiaomi). Para modelos com resolução Full-HD, o custo é baixo: a partir de R$ 200.

Caso a opção seja pelos televisores, é preciso prestar atenção nas plataformas. Três delas se destacam como as mais completas em variedade de apps: Tizen, das TVs Samsung; webOS; da LG; e Android TV, disponível em modelos da TCL, Semp, Philips, Philco e Aiwa.

Evolução do Android com recursos que facilitam buscar conteúdos nos serviços de streaming, o sistema Google TV, ainda exclusivo da TCL, também integra a lista.

Dependendo da marca, a atenção deve ser redobrada. Isso por que várias delas têm modelos que adotam diferentes plataformas. A TCL, por exemplo, vende TVs que rodam os sistemas Roku, Android e Google TV. Por isso, verifique com calma e compare os preços, antes de levar para casa.

Simples e fácil de usar, a plataforma Roku TV aparece em telas mais baratas de vários fabricantes, como Semp, TCL, Philco e AOC. Mas o sistema perde pontos por não oferecer o serviço Star+, que transmite vários jogos da Libertadores e os principais campeonatos europeus.

3. Sua TV aceita comandos de voz e tem recursos para games?

As TVs atuais trazem várias funções que não existiam no passado e que podem ser bem úteis. Para pesquisar conteúdos no YouTube e em serviços de streaming, por exemplo, dá para usar comandos de voz em vez de recorrer ao processo lento e chato de digitar letra por letra no controle remoto. O recurso funciona bem e está presente em TVs a partir de 32 polegadas.

Quem gosta de ouvir o som da TV em fones de ouvido sem fio ou utiliza caixas soundbar deve procurar modelos compatíveis com Bluetooth.

E os fãs de games contam com televisores recheados de funções próprias para esse público. Aquelas mais indicadas para jogar videogame trazem tecnologia OLED e miniLED. Imbatível no contraste, a primeira utiliza pixels orgânicos, que emitem a própria luz. Com isso, exibem pretos profundos e fiéis à realidade dos games.

Nas telas formadas por miniLEDs, o ponto forte é o brilho, que permite uma melhor qualidade da imagem até em ambientes iluminados.

Dos recursos para games, chamam a atenção o menu independente com as principais opções para jogos e as taxas de atualização mais altas do que em outros modelos, a partir de 120Hz. Com isso, dá para acompanhar as mudanças nos jogos de forma mais fluida com transições suaves.

Somam-se ao pacote as portas HDMI 2.1, como as dos videogames mais modernos e que já suportam resolução 4K com taxa de atualização variável (VRR) e modo automático de baixa latência (ALLM). Essas e outras tecnologias, como FreeSync e G-Sync, por exemplo, melhoram a resposta aos comandos dos games, evitando engasgos na tela.

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