iOS 17 vem aí! Por que Apple 'aposenta' iPhones quando lança novo iOS?
Na próxima semana, a Apple realizará a sua conferência anual para desenvolvedores: WWDC 2023. Ainda que as novidades que rolarão por lá sejam um mistério, tradicionalmente a empresa anuncia novos recursos do sistema operacional do iPhone. E, com a chegada do iOS 17 (nome da versão de 2023), é esperado que modelos antigos sejam "aposentados" — ou seja, deixem de receber atualizações de segurança e novas funções.
Se no ano passado, modelos anteriores ao iPhone 7 Plus estavam nessa lista com o iOS 16, não é difícil que os celulares da linha iPhone 8 entrem na "fila da aposentadoria" neste ano. Mas por que a Apple faz isso? Tilt perguntou, e a empresa respondeu de forma exclusiva. A companhia destacou ainda formas de aumentar a segurança do iPhone contra cibercriminosos.
O "segredo", segundo a Apple, é: mantenha o sistema operacional do celular o mais atualizado possível.
Mais segurança
É por meio das atualizações de sistema que falhas de segurança detectadas são corrigidas e novos recursos são liberados —o que também contribui para fazer o celular durar mais tempo na mão dos consumidores.
Dados antecipados pela Apple a Tilt mostram que a maioria dos donos de iPhone está com esse cuidado em dia:
- 90% de todos os dispositivos lançados nos últimos quatro anos usam iOS 16, a versão mais atual do sistema do celular; outros 8% funcionam com o iOS 15.
- 81% de todos os dispositivos usam iOS 16; outros 13% usam o iOS 15.
Para a empresa, a frequência de atualizações de segurança, contra malware (programa malicioso) e vulnerabilidades, é um dos aspectos que demonstra como o iPhone é seguro no longo prazo.
Outra estratégia para aumentar a proteção do smartphone é ativar a autenticação em dois fatores, completou a companhia. Ela funciona como uma camada extra de segurança que usa o envio de um código de verificação para liberar o acesso a determinados serviços, como apps de banco, WhatsApp, Instagram e TikTok.
Além da segurança
As atualizações de sistema também liberam novos recursos.
Durante uma conversa exclusiva com Tilt, a Apple deu como exemplo o desbloqueio de tela do iPhone por reconhecimento facial mesmo para pessoas usando máscara, hábito que se tornou comum em decorrência da pandemia de covid-19. A função só começou a funcionar devido a uma atualização do iOS, de março do ano passado.
A companhia lembrou que, antes de instalar a atualização, o usuário pode ler sobre os recursos novos a serem disponibilizados.
Existe a opção de configurar para a instalação ocorrer automaticamente ou no momento em que o usuário desejar. No primeiro caso, assim que a Apple libera uma atualização, o celular faz o download e a instala.
Como descobrir se o iPhone está atualizado?
- Vá a Ajustes > Geral > Atualização de software.
- O telefone exibirá a versão do sistema que possui. Caso esteja desatualizado, é só baixar a última versão.
- Aqui é possível ver uma lista das atualizações de segurança feitas pela Apple e uma descrição do que resolveram.
Inteligência artificial x ataques contra o iPhone
Sistemas com inteligência artificial voltaram a ganhar foco nos últimos meses com o robô de conversas chatGPT. Alguns especialistas temem que esse avanço em habilidades da IA também resultem em novas e mais fortes ameaças virtuais —um brasileiro conseguiu criar uma "fábrica de vírus" com o chatbot.
Sobre esse risco em potencial, a Apple afirmou ter grande cuidado com o suporte aos dispositivos da marca.
A empresa destacou ainda o trabalho de seu time de profissionais especializados responsáveis por todas as camadas de proteção.
Por que Apple aposenta iPhones a partir de um novo iOS?
Sempre que lança uma nova geração do iOS, a Apple "aposenta" modelos antigos em termos de sistema operacional.
Os smartphones até continuam ativos, mas aplicativos mais novos deixam de funcionar com o tempo e a empresa deixa de oferecer a garantia de enviar atualizações de segurança para os dispositivos.
E o que está por trás disso? A empresa disse a Tilt que diferentes fatores são levados em consideração nesse processo, como:
- Dar suporte para que o máximo possível de usuários possam ter a melhor qualidade em termos de tecnologia;
- Garantir a melhor experiência do consumidor que usa um iPhone;
- Manter a segurança de atualizações do dispositivo.
Além do aspecto de software, os componentes de hardware do smartphone também entram no processo de decisão, diz a Apple. Isso por que o sistema operacional é como se fosse um cérebro, que faz tudo funcionar no celular, mas depende dos novos componentes integrados ao dispositivo.
A companhia não entrou em detalhes, mas sabe-se que processadores atuais, por exemplo, conseguem executar trilhões de operações por segundo, um volume muito superior aos chips de cinco, dez anos atrás —nos últimos anos, o processador da Apple também ganhou integração com inteligência artificial para executar tarefas cada vez mais rápidas.
As baterias também são peças físicas que ficam para trás com o passar do tempo. No caso do iPhone, o iOS é desenvolvido e otimizado para consumir menos energia a cada geração.
Afinal, quanto tempo dura um iPhone?
Não existe uma resposta oficial. Se depender das atualizações conjuntas de sistema operacional e de segurança, a vida útil do iPhone pode ser em média de cinco a seis anos —isso considerando que a pessoa cuide bem do aparelho e que os componentes funcionem sem problemas técnicos.
É o maior tempo de garantia de atualização de sistema em comparação com a concorrência.
A Samsung é a segunda que garante mais tempo de updates do Android em alguns modelos, como o Galaxy S23 e S23 Ultra, lançados em fevereiro. Eles receberão até quatro grandes atualizações do sistema do Google. A Motorola garante três no top de linha Moto edge 30 Ultra.
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