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Chip no olho e nota social: o que era ficção em Black Mirror e agora é real

Vinicius Amado

Colaboração para Tilt, em São Paulo

15/06/2023 12h00Atualizada em 18/06/2023 16h14

A 6ª temporada de Black Mirror estreia na Netflix nesta quinta-feira (15). Se você curte imaginar cenários curiosos, inovadores e/ou bizarros, saiba que algumas situações retratadas nas temporadas anteriores já ganharam traços de realidade.

Episódio "Queda Livre"

O episódio 1 da 3ª temporada gira em torno de um sistema de classificação de pessoas que alimenta uma sociedade obcecada com a autoimagem.

Nas cenas uma mulher tenta usar a popularidade de uma amiga para melhorar de vida.

O que já existe: classificação e notas de pessoas e serviços

Quem usa Instagram e Uber já viu. Classificamos pessoas, propagamos estilos de vida tidos como perfeitos e muita gente admira quem tem vários seguidores.

E empresas de tecnologia já adotam tecnologia de reconhecimento de rostos há algum tempo. O seu celular está aí para provar.

O que não existe: implante ocular de realidade aumentada que mostra a classificação das pessoas via reconhecimento de face, em tempo real.

Embora popularidade e recomendação online às vezes ajudem os criadores de conteúdo do Instagram e YouTube em situações específicas, você ainda não é impedido de usar serviços ou adquirir produtos por causa desses critérios, como acontece em Black Mirror.

Episódio Quinze Milhões de Méritos

No segundo capítulo da 1ª temporada, pessoas vivem em cubículos forrados com telas e pedalam para produzir eletricidade e ganhar "méritos" (moedas virtuais). Uma jovem tenta a sorte como cantora num reality show para sair da semiescravidão, mas é convencida a virar estrela pornô.

O que já existe: Bitcoins, reality shows com anônimos, avatares animados em jogos e redes sociais, pornografia online, telas de TV em academias de ginástica.

Apps como DietBet dão dinheiro ou vantagens a usuários que fazem exercícios. A empresa VirZOOM já criou um óculos de realidade virtual sincronizado com bicicletas ergométricas.

O TikTok é um app popular que permite trocar e ranquear vídeos musicais com sincronia labial.

O que não existe: a força física da população sendo usada em grande escala como "motor" para gerar energia e como fonte de renda em um regime extremamente limitado, quase sem alternativas de crescimento pessoal.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
O texto citava anteriormente o aplicativo Heartbit como um dos exemplos de plataformas que remuneram pessoas em troca de exercícios. Como ele não está mais disponível atualmente, a citação foi tirada do material.