Programador tenta arrumar sozinho celular da Samsung, e bateria pega fogo
O programador André Noel, 40, quis fazer um agrado para a sua filha, de 10, ao arrumar o celular dela sozinho. Mas o reparo não saiu como o esperado: a bateria pegou fogo durante o conserto.
"Fui trocar a tela do celular da minha filha, coisa que eu já fiz com vários aparelhos, a bateria furou quando eu estava manuseando e começou a pegar fogo. Acho que não vai dar mais pra usar", publicou no Twitter nesta semana. As imagens de peças queimadas viralizaram e somam até o momento mais de 17,8 mil visualizações.
Como tudo aconteceu
O modelo de smartphone em questão é um Samsung Galaxy A12. Após contato de Tilt, a Samsung sugere que o conserto deveria ter sido feito na rede autorizada de assistência técnica (veja posicionamento completo abaixo).
A Samsung reitera a importância de que todo e qualquer reparo nos dispositivos da marca seja realizado exclusivamente nos Centros de Serviço Autorizados Samsung, ou nas mais de 200 assistências técnicas credenciadas presentes em mais de 115 cidades
Samsung
O programador conta a Tilt que a tela estava quebrando há um tempo: "começou pelo canto até que ficou um risco e já estava nas últimas."
Ele decidiu então comprar uma tela nova para o telefone da filha. Como já tinha trocado algumas de celulares de parentes, achou que o processo seria simples. Pegou seu kit de ferramentas e começou a acompanhar um tutorial na internet para aprender a sequência certa de desmontagem e montagem do modelo da Samsung.
O susto veio na hora de desencaixar a bateria da parte traseira da tela.
Sou cuidadoso com isso. Desmontei inteiro o celular e só ficou a tela e a bateria. Quando eu cutuquei o canto da bateria, começou a vazar e a fazer barulho André Noel
'Começou a sair fumaça e faísca'
O programador relata que tudo aconteceu bem rápido e que contou com a sorte por não ter causado chamas.
A bateria começou a ficar vermelha no contato com o ar, não teve chamas, mas pegou fogo, inchando a bateria, soltando fumaça e faísca. A gente ficou com medo de explodir alguma coisa, mas soltou apenas o fumaceiro com faísca, queimando tudo que tinha para queimar André Noel
"Saí de perto e o problema foi bem contido", lembra o programador, que levou o celular para fora de casa assim que a fumaça diminuiu. Foi quando viu o estrago da carcaça do celular e da bateria.
Por sorte, a estrutura do telefone não foi danificada, diz André. Apesar do susto, o programador afirma que vai continuar consertando os celulares da família, porém com ainda mais cuidado.
A lição que fica é que sempre se deve fazer essas coisas com cuidado. Vou continuar mexendo em casa no que acreditar que consigo com tranquilidade. Agora é ter mais zelo e continuar tendo atenção principalmente com o ambiente, tanto que eu não tinha nada inflamável perto André Noel
Bateria explosiva
O caso de André não é isolado e poderia ter sido pior, como aconteceu com o Manoel Jerônimo Lira, de Sobral, no Ceará, em 2022. Ele contou ao UOL um celular explodiu e pegou fogo durante o reparo em sua loja especializada em assistência técnica. A bateria acabou vazando enquanto ele descolava a tela do aparelho.
O que ambos os casos têm em comum é o tipo de bateria: feita de lítio, componente químico inflamável quando entra em contato com o ar.
Os smartphones antes possuíam a bateria removível encaixada na parte de trás, sem qualquer ligação com a estrutura do aparelho. Ao dar problema, bastava comprar outra em alguma empresa autorizada e trocar como se fosse uma pilha.
Os celulares dos últimos anos passaram a ter a bateria integrada ao corpo do celular, o que dificulta a sua retirada sem ferramentas específicas.
"A bateria é mais integrada, pois, hoje, é preciso 'espremer' uma quantidade de hardware em um espaço minúsculo e é muito exíguo. Com isso, vira uma coisa só, os itens têm funcionalidades diferentes, que é até difícil de estabelecer onde começam e terminam. Por isso que é mais complexo", explicou Arthur Igreja, especialista em tecnologia, em entrevista a Tilt.
É durante esse processo de deslocamento que algum incidente pode ocorrer. Qualquer vazamento na bateria de lítio é passível de combustão.
"O elemento químico é um metal que, em contato com água ou oxigênio, inicia um processo de combustão espontâneo extremamente violento", explicou a pesquisadora Maria de Fátima Rosolem, da área de Sistemas de Energia do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) do Instituto Mauá de Tecnologia, entrevista a Tilt, em outra ocasião.
O que diz a Samsung:
A Samsung reitera a importância de que todo e qualquer reparo nos dispositivos da marca seja realizado exclusivamente nos Centros de Serviço Autorizados Samsung, ou nas mais de 200 assistências técnicas credenciadas presentes em mais de 115 cidades.
A empresa reforça que conta com suporte 24 horas por dia, sete dias por semana, por meio da combinação de diversos canais de atendimento, como chat, e-mail, Whats App, e suporte online. Para encontrar a autorizada mais próxima, acesse https://www.samsung.com/br/support/
A Samsung esclarece ainda que, no caso de smartphones, é oferecida garantia pelo prazo de 90 dias de garantia legal, mais 9 meses de garantia contratual, totalizando 01 ano. Para mais informações, acesse https://www.samsung.com/br/support/warranty/
*Com informações de matérias de Tilt, publicadas em 28/05/2023 e 15/09/2016.
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