Custo de R$ 2,19 milhões: como é a nave que leva pessoas ao espaço
Nesta quinta-feira (29), a Virgin Galactic operou seu primeiro voo comercial ao espaço. A aeronave da empresa de turismo espacial fundada por Richard Branson foi a 85 quilômetros de altitude, o que caracteriza um voo suborbital. Com isso, os passageiros puderam ver a curvatura da Terra e experimentar, por alguns minutos, a sensação de ausência de gravidade. Seis pessoas estavam a bordo, sendo quatro pesquisadores e dois pilotos.
Para realizar o voo, a nave VSS Unity decola acoplada a um avião transportador especial. Após 15 quilômetros de subida, a nave é ejetada e, depois, segue viagem com seus próprios motores.
Como é o avião transportador?
A nave-mãe da viagem é uma aeronave a jato com quatro motores e fuselagem dupla. O veículo foi produzido de forma customizada, para que possa chegar a altitudes elevadas e, então, liberar a nave em que estão os passageiros para o voo principal.
Nave espacial tem 17 janelas
Já a nave espacial é movida a um sistema híbrido de propulsão. Os motores fazem com que ela chegue a três vezes a velocidade do som em 60 segundos.
Dois pilotos lideram cada voo —segundo a empresa, para garantir uma jornada "suave e segura" ao espaço e de volta à Terra. A capacidade é de mais quatro passageiros, que podem observar a Terra e o espaço por meio de 17 janelas.
Na volta ao planeta, a nave é dobrada ao meio para que se comporte como uma cápsula. Com isso, o calor se espalha pela parte inferior do veículo, permitindo que ele se reoriente, segundo a empresa.
Quanto custa viajar com a Virgin Galactic?
A empresa já vendeu passagens para 800 clientes. No total, a viagem custa US$ 450 mil (o que equivale a R$ 2,19 milhões). De início, é preciso gastar US$ 150 mil (quase R$ 730 mil) para reservar um assento. Os outros US$ 300 mil (R$ 1,48 milhão) são pagos quando a empresa define a data do voo —o que pode acontecer entre seis e 12 meses antes da viagem.
Em seu site, a Virgin Galactic afirma que todos os passageiros precisam fazer um treinamento como forma de preparação para o voo. As aulas são realizadas na base Spaceport America, que fica no Novo México (EUA) —de onde o voo desta quinta (29) partiu.
A próxima missão comercial da empresa está prevista para agosto. Depois disso, a ideia é realizar voos mensais.
Em 2014, um modelo anterior desenvolvido pela Virgin Galactic caiu dois minutos depois de se desacoplar da nave-mãe. Um dos pilotos morreu, e outro ficou gravemente ferido.
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