Superlua: por que 1º fenômeno do ano é chamado de 'Superlua dos Cervos'
A noite de ontem (3) foi coroada com a primeira "superlua" do ano, um dos eventos astronômicos mais aguardados. Mais próxima da Terra, a Lua cheia apareceu cerca de 10% maior e mais brilhante.
Hoje é mais uma ótima oportunidade para observar o fenômeno, já que nosso satélite natural ainda estará 99% iluminado.
Até setembro, teremos uma sequência de quatro superluas — uma delas "azul" (a segunda em um mesmo mês), no final de agosto.
Veja alguns dos melhores registros, no Brasil e no mundo, da "Superlua dos Cervos":
Nova Iorque (EUA)
Atenas (Grécia)
São Paulo (SP)
Columbia Britânica (Canadá)
São Luís (MA)
Istambul (Turquia)
Brasília (DF)
Puglia (Itália)
Como observar hoje?
Na noite de terça-feira (4), a Lua nascerá cerca de uma hora após o dia escurecer, por volta das 18h30.
É muito simples observar. Basta olhar para a direção leste, ou seja, o lado aposto ao que o Sol se puser.
Dica: Como as fotos comprovam, o melhor momento para observar a Lua é a primeira hora após nascer, pois ela parece ainda maior, devido aos referenciais terrestres, como prédios e árvores, e pode apresentar belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada e até avermelhada), por causa da interação com a atmosfera.
Não é preciso qualquer instrumento para observar. Mas quem tiver um binóculo, telescópio ou câmera com zoom, pode enxergar mais detalhes, como as crateras da superfície lunar, e fazer belos registros.
Com o passar da noite, ela irá percorrendo o céu de um lado ao outro.
A posição exata em sua cidade pode ser consultada em apps de observação astronômica, como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView.
Superlua dos Cervos
Nas tradições dos povos nativos norte-americanos, a Lua cheia de julho recebe o apelido de "Lua dos Cervos", pois nesta época crescem os chifres de animais silvestres da família dos cervos — todos os anos, a galhada dos machos cai no inverno e se regenera no verão (do hemisfério Norte, por aqui as estações são invertidas).
Já Superlua é o nome popular para quando a fase da Lua cheia coincide ou é bem próxima ao seu perigeu — o momento em que nosso satélite está mais perto da Terra naquele mês. Isso faz com que ela apareça até 15% maior e 30% mais brilhante, mas isso quase não é perceptível ao nosso olhar.
Em agosto, teremos duas superluas: "do Esturjão" e "Azul". E, em setembro, a quarta e última do ano: "da Colheita".
Durante o perigeu, a Lua chega a aproximadamente 360 mil quilômetros da Terra; no apogeu, o ponto mais afastado, a distância é de cerca de 400 mil quilômetros. Se o apogeu coincide com a Lua cheia, temos uma microlua.
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