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5G: Brasil instala 500 mil kits para sinal de TV parabólica não cair

Antena parabólica instalada no telhado de uma casa - Pixabay
Antena parabólica instalada no telhado de uma casa Imagem: Pixabay

Hygino Vasconcellos*

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

14/07/2023 04h00Atualizada em 14/07/2023 15h26

Mais de 512 mil kits que evitam interrupção ou queda do sinal de TV parabólica já foram instalados no primeiro ano de operação do 5G no Brasil.

Os dados são do último levantamento da EAF (Entidade Administradora da Faixa), formada por Claro, Tim e Vivo, as operadoras que venceram os principais lotes do leilão 5G no Brasil, em 2021. Elas têm a obrigação de mitigar os impactos da implementação da banda larga móvel de quinta geração sobre os consumidores de outras modalidades de serviço.

Até agora já foram adquiridos 1,5 milhão de kits, e a entidade já está em processo para comprar mais 1 milhão de unidades.

Quando o projeto começou no ano passado, a EAF baseava seus esforços na estimativa de que 10,5 milhões de pessoas teriam seu sinal de parabólica afetado por possíveis interferências do 5G. Na época, o dado surgiu de um cruzamento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2019 com inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). Hoje, porém, esse número já é considerado defasado.

Nós sabemos que esse número é bem menor do que aquela projeção, nós estamos desenvolvendo pesquisa para ter número mais concreto, próximo da realidade. Leandro Guerra, presidente da EAF

Hoje, a entidade atende moradores de quatro perfis diferentes (conforme a fase do projeto):

  • Fase 2: Cidades com mais de 500 mil habitantes
  • Fase 3: Cidades com mais de 200 mil habitantes
  • Fase 4: Cidades com mais de 100 mil habitantes

"Nós estamos acelerando o número de instalações diárias. Para você ter uma ideia, a gente deve chegar a 140 mil instalações no mês e está tendo um crescimento desta curva à medida que vai ampliando nosso atendimento para mais cidades", observa Guerra.

À medida que o projeto avança para o interior do país, as dificuldades aumentam, principalmente no que diz respeito à logística. Em alguns casos, técnicos precisam chegar de barcos até os locais para fazer a instalação do kit.

Para solicitar o kit, é preciso atender a dois pré-requisitos (veja abaixo) e agendar a instalação. Guerra explica que um dos problemas encontrados pelos técnicos é quando a parabólica não está em funcionamento no endereço, o que impossibilita a instalação do kit. Também há casos em que o morador não é encontrado na residência, mesmo com o agendamento. O status até o começo de julho estava assim:

  • Instalados: 512.217
  • Improdutivos (técnico chega na casa, mas a parabólica não está funcionando): 58.653
  • Agendados: 678.503

Quem tem direito?

  • Pessoas inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal);
  • Ter na residência uma parabólica tradicional instalada e funcionando.
É possível fazer a consulta para ver se tem direito aqui:https://prod.sigaantenado.com.br/

Como pedir a troca?

  • As famílias que se enquadram no perfil para receber o kit devem agendar a troca pelo telefone 0800 729 2404 ou pelo site sigaantenado.com.br.
  • O beneficiário deverá informar dados pessoais, como o número do CPF e o Número de Inscrição Social (NIS).

Por que parabólicas são afetadas?