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Show da Taylor Swift causa abalo sísmico em estádio; como isso ocorre?

Taylor Swift durante show da turnê "The Eras"  - Reprodução/Instagram
Taylor Swift durante show da turnê "The Eras" Imagem: Reprodução/Instagram

Simone Machado

Colaboração para Tilt*, em São José do Rio Preto (SP)

28/07/2023 14h59Atualizada em 09/08/2023 09h08

Os shows de Taylor Swift, da "The Eras Tour", abalaram literalmente os Estados Unidos, no último fim de semana. Os cerca de 144 mil fãs presentes no estádio Lumen Field, em Seattle, talvez não tenham nem percebido muito, mas o local registrou um abalo sísmico equivalente a um tremor de terra de 2,3 de magnitude.

A professora Jackie Caplan-Auerbach, geóloga da Universidade Western Washington, foi quem fez a medição do "Terremoto Swift" causado o show de mais de 3h após um fã fazer o pedido em um grupo no Facebook, informou o jornal Seattle Times.

Como foi possível?

Para fazer a medição foram usados sismógrafos, aparelhos que medem as vibrações e movimentos de placas tectônicas da Terra, que liberam grandes quantidades de energia à medida que criam fricção.

Esses equipamentos medem o abalo do solo em baixas frequências e podem capturar até mesmo vibrações de trens e carros, por exemplo. A maioria das frequências que o sismômetro registra está abaixo do alcance da audição humana.

Em entrevista ao Seattle Times, Caplan-Auerbach explicou que o abalo causado pelo show de três horas e meia de Taylor Swift atingiu o seu maior nível durante as músicas "Blank Space" e "Shake It Off". Por isso não foi uma constante.

Ainda segundo a professora, não está claro o que exatamente causou a atividade sísmica: se foi o sistema de som usado nos shows ou o público empolgado pulando.

Baixa intensidade

Um tremor de magnitude 2,3 é considerado de menor intensidade. Embora sejam perceptíveis para as pessoas, eles não são fortes o suficiente para causar estragos.

Para fazer chegar esse número, os sismólogos usam a escala de magnitude do momento do tremor, que representa a quantidade de energia liberada por ele - a escala Richter está desatualizada e não é mais usada.

No Brasil, por exemplo, os tremores ou abalos sísmicos são menos intensos e dificilmente atingem 4,5 graus de magnitude. Eles podem ser sentidos pelas pessoas, mas raramente causam estragos. Por aqui não há terremotos porque o país está localizado no interior da Placa Sul-Americana, ficando longe das áreas de movimentação.

*Com informações The Seattle Times, Iflscience