É óvni, fantasma ou ET? Raio sem causa conhecida produz bola no céu
Imagine ver, do nada, uma grande bola de luz alaranjada no céu, se movimentando de um lado para o outro, próxima ao solo. Seria um OVNI (Objeto Voador Não Identificado)? Talvez um ET ou um fantasma?
Na verdade, a aparição provavelmente não é relacionada a nenhuma dessas causas: você pode estar testemunhando um raio globular, também chamado de "raio bola".
Imprevisível e difícil de ser registrado
Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica), vinculado ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), afirma que não há dúvidas de que os raios globulares existam. Relatos, fotos e vídeos sobre o fenômeno são registrados na literatura.
Não há dúvida nenhuma de que é um fenômeno real, embora muito raro. A questão é que ele acontece em situações imprevisíveis e é difícil de ser registrado. As observações que existem foram casuais, por sorte.
Além de raro e imprevisível, o raio globular também é muito rápido: os casos já registrados duraram, no máximo, pouco mais de dez segundos.
Veja que impressionante:
Apresento a vocês o famoso raio bola!!! Um dos fenômenos mais confundidos no mundo todo com atividades paranormais ou naves alienígenas, na verdade apenas um fenômeno atmosférico!!! pic.twitter.com/NUda8kUlCq
— Sacani (Space Today) - AKA Gordão Foguetes (@SpaceToday1) August 7, 2023
O que causa um raio globular
Como o fenômeno é raro e difícil de ser observado, não há consenso científico sobre suas causas.
Uma das possibilidades é de que o raio seja apenas um fenômeno elétrico que ocorre na atmosfera, principalmente durante tempestades. Outra explicação é de que o raio globular ocorra após um outro raio, que atinge o solo e gera íons. Esses íons seriam transferidos para o ar, causando a aparição da bola.
Alguns teóricos defendem essa ideia, mas há evidências de que o raio globular ocorre sem que haja outro raio próximo. Mas também pode existir mais de um tipo de raio bola. São hipóteses especulativas, porque é muito difícil de reproduzir esse fenômeno para estudá-lo.
Osmar Pinto Junior, do ELAT/INPE
Segundo o pesquisador, no entanto, muitos registros que estão na internet são falsos: alguns podem ser, apenas, frutos de ilusão de ótica.
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