Olhe para o céu! Hoje é dia de Superlua Azul; saiba como observar
De Tilt*, em São Paulo
30/08/2023 04h01Atualizada em 30/08/2023 13h04
Aproveite a noite desta quarta-feira (30) para olhar para o céu, pois hoje vai ter superlua. Chamada de "Superlua Azul", o fenômeno estará visível com o início do anoitecer.
Apesar do nome, superlua nada mais é que um fenômeno em que a Lua estará mais próxima da Terra. Por essa razão, ela pode parecer maior e ficar mais brilhante.
Em média, a distância entre a Terra e a Lua é entre 382 mil. Com a de hoje, nosso satélite natural estará a uma distância de 357.181 km da Terra.
Agosto foi um mês privilegiado. Logo no início, teve a Superlua do Esturjão. Ainda neste ano, deverá ter mais uma superlua, conhecida como "Superlua da Colheita", prevista para 29 de setembro.
Quer dizer que a Lua estará azul?
Não, o nome "Superlua Azul" não tem relação com a coloração e não é um nome originalmente científico.
O nome superlua, segundo o Observatório Nacional, foi dado pelo astrólogo Richard Nolle, em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo de superlua quando houvesse lua nova ou cheia no perigeu (ponto mais próximo da Terra na órbita de um corpo celeste) ou até 90% próxima desse ponto - não está claro este corte de proximidade que ele usou.
Já o azul vem da expressão em inglês "once in a blue moon", que significa algo como "raramente" ou "uma vez na vida, outra na morte". Como é raro ter duas superluas em um mês, o fenômeno acabou ganhando essa "coloração" no nome.
A próxima "Superlua Azul", segundo a Nasa, deve ocorrer apenas em 2037.
Como observar?
Hoje, a Lua nascerá no momento do pôr do Sol, por volta das 17h40.
Dica 1: Quem tiver uma vista desobstruída poderá acompanhar o fenômeno.
É muito simples observar. Basta olhar para a direção leste, ou seja, o lado oposto em que o Sol estiver se pondo, e encontrar a Lua próxima ao horizonte.
Dica 2: O melhor momento para observar a Lua é justamente a primeira hora após nascer, pois ela parece ainda maior, devido aos referenciais terrestres, como prédios e árvores, e pode apresentar belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada e até avermelhada), por causa da interação com a atmosfera.
Quando estiver mais alta no céu, ela continuará igualmente ou até mais brilhante — mas nos parecerá menor e bem branca, apenas com o pano de fundo das estrelas. A lua ficará visível até o dia amanhecer, percorrendo o céu de leste a oeste.
Não é preciso qualquer instrumento para observar. Mas quem tiver um binóculo, telescópio ou câmera com zoom, pode enxergar mais detalhes, como as crateras da superfície lunar, e fazer belos registros.
Dica 3: Se não conseguir observar hoje, tente amanhã (31) ou mesmo na sexta-feira (1º), quando ela ainda estará superiluminada.
O horário exato em que ela nasce em sua cidade em cada dia pode ser consultado em apps de observação astronômica, como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView.