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Se perder, só daqui 400 anos: como ver cometa brilhante a partir de hoje

Última passagem deste fenômeno aconteceu há 437 anos; na imagem, o cometa C/2022 E3 Imagem: Dan Barlett

De Tilt, em São Paulo*

12/09/2023 04h02Atualizada em 13/09/2023 17h09

O cometa Nishimura, descoberto no início de agosto por um astrônomo amador japonês, vai passar perto da Terra na terça (12) — e será possível observá-lo no céu.

O melhor dia para vê-lo a olho nu será no próximo domingo (17), quando ele estará mais perto do Sol. No momento, a distância exata entre o cometa e a estrela será de 33 milhões de quilômetros.

Como ver o cometa

Será possível observar a cauda do cometa. Ao passar próximo da Terra, o núcleo congelado do cometa libera gases e poeira, que refletem a luz do Sol. No caso do Nishimura, essa trilha é verde devido a sua composição.

No Brasil, observe o horizonte logo ao anoitecer. Para quem está no Hemisfério Sul, o melhor horário para a observação é à noite. Antes do nascer do Sol, será mais fácil ver o cometa a olho nu no Hemisfério Norte. Torça para o céu estar aberto, sem nuvens.

Lugar alto e sem luzes artificiais facilitam a visão. Os pesquisadores também indicam que o cometa pode ser visto melhor por quem está no Hemisfério Norte. No entanto, aplicativos como Star Walk 2 ou Sky Tonight podem ajudar a achar a posição exata dele em cada região.

Seja rápido. A expectativa é de que, no dia 17, ele estará bem brilhante devido à proximidade do Sol. Porém, justamente por isso, a janela de observação é bem rápida.

O que se sabe sobre o cometa

Ele é um pequeno corpo rochoso e gelado, com a cauda verde. A cor é reflexo de sua composição, que contém mais gás do que poeira. Seu tamanho exato é desconhecido.

Foi visto pela primeira vez em 11 de agosto de 2023 pelo astrônomo amador japonês Hideo Nishimura. O nome do cometa leva o sobrenome de seu descobridor.

O cometa recebeu o nome científico de C/2023 P1 e sua última passagem próxima ao Sol aconteceu há 437 anos, segundo o pesquisador Nicolas Biver, do Centro Nacional de Pesquisa Científica do Observatório de Paris.

Ele poderá ser visto de novo no ano de 2457, caso sobreviva a essa passagem do Sol.

*Com informações da AFP

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