Óvnis: Não há evidências de origem extraterrestre, diz relatório da Nasa
A Nasa divulgou hoje que não há evidências de que óvnis tenham origem extraterrestre, segundo apontou o relatório independente contratado pela agência sobre "fenômenos anômalos não identificados" ou UAPs (Unidentified Anomalous Phenomena), na sigla em inglês.
O que se sabe:
"Até agora, não há evidências científicas conclusivas de que os UAPs sejam de origem extraterrestre. O problema é que os dados que temos sobre eles são limitados", explicam os especialistas no relatório.
Segundo o documento, muitas vezes, os avistamentos de óvnis são baseados em relatos de testemunhas oculares. Esses relatos podem ser interessantes e convincentes, mas não são confiáveis. Para tirar conclusões definitivas sobre a origem dos óvnis, serão necessários mais dados. Isso inclui imagens, vídeos e dados de sensores.
No relatório, os cientistas destacam que "a ciência é um processo de descoberta, não de criação. Ela nos ajuda a entender o mundo como ele é, mesmo que isso seja decepcionante ou confuso".
"Isso também se aplica à questão dos óvnis. É possível que eles sejam naves alienígenas, mas é importante considerar todas as outras possibilidades antes de chegar a essa conclusão", alertam.
Com o relatório, a Nasa espera entender como pode contribuir para os esforços governamentais em curso relacionados à observação de eventos no céu que não podem ser identificados, como balões, aeronaves ou fenômenos naturais conhecidos.
A equipe de estudo independente usou dados não classificados para suas descobertas, mas observou que a qualidade das observações de UAPs é atualmente limitada.
O uso de dados não classificados foi essencial para a investigação de fatos, colaboração de comunicação aberta e para manter o rigor científico na produção deste relatório. A equipe escreveu o relatório baseada nos pilares de transparência, abertura e integridade científica da Nasa para ajudar a agência a esclarecer a natureza de futuros incidentes com óvnis. Descobrimos que a Nasa pode ajudar todo o esforço governamental de UAPs por meio de calibração sistemática de dados, múltiplas medições e garantia de metadados completos para criar um conjunto de dados que seja confiável e extenso para estudos futuros de UAPs.
David Spergel, presidente da Fundação Simons e líder da equipe de estudo independente
Inteligência artificial vai auxiliar estudos
A agência espacial dos EUA anunciou que um diretor para essa área será nomeado para auxiliar na pesquisa relacionada a esses fenômenos, usando inteligência artificial e aprendizado de máquina para analisar os céus em busca de anomalias.
A Nasa centralizará as comunicações, recursos e capacidades analíticas de dados por meio do diretor de pesquisas de UAPs.
A agência usará seus recursos, experiência tecnológica e parcerias para criar um conjunto de dados robusto e entender melhor o que são esses fenômenos.
Durante a apresentação, a Nasa informou também que envolverá o público e pilotos comerciais para ampliar o conjunto de dados e remover o estigma que os estudos dos fenômenos anômalos representam ainda hoje para a comunidade científica.
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