iPhone 15 e iPhone 15 Pro chegam ao Brasil; veja as primeiras impressões
Os quatros celulares da linha iPhone 15 começam a ser vendidos oficialmente no Brasil nesta sexta-feira (29), nos sites da Apple e de empresas parceiras, além de lojas físicas. Os modelos chegam ao país poucos dias após o lançamento internacional, realizado no último dia 12 de setembro.
Os preços oficiais da Apple começam em R$ 7.299. À vista, a empresa dá 10% de desconto. É possível também encontrar promoções em varejistas, como Amazon e Magalu.
Segundo a Apple explicou a Tilt, o processo de homologação dos iPhones pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) foi mais rápido neste ano do que em qualquer outro. Isso possibilitou a chegada dos telefones no país apenas sete dias após o início das vendas físicas nos Estados Unidos.
Nos anos anteriores, o tempo entre o lançamento fora e a venda por aqui levava mais de um mês.
Primeiras impressões
Novo padrão USB-C
A nova linha traz uma das maiores mudanças da história do aparelho que inaugurou a era dos smartphones: o fim da porta Lightning para recarga de bateria e transferência de dados, presente nos celulares da marca desde o iPhone 5, lançado em 2012.
O padrão agora é USB-C, usado há anos por smartphones com o sistema Android. Isso permite, por exemplo, usar o cabo do iPhone 15 para recarregar a bateria de qualquer outro aparelho que também tenha entrada USB-C.
O ponto negativo aqui é que nem todos os iPhones de 2023 conseguem atingir a velocidade máxima de transmissão de dados compatível com esse novo padrão nos telefones da marca.
iPhone 15 e iPhone 15 Plus: funcionam com USB 2, capaz de fazer transferência de dados no máximo até 480 Mbps.
iPhone 15 Pro e 15 Pro Max: compatíveis com USB 3 (até 10 Gb/s, segundo a Apple). Contudo, é preciso comprar o cabo específico para isso. O que vem na caixa deles é o com a velocidade menor — a empresa vende uma versão em seu site de 1 metro, por exemplo, que custa R$ 729.
iPhone 15
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- iPhone 15 (tela de 6,1 polegadas): a partir de R$ 7.299
- iPhone 15 Plus (tela de 6,7 polegadas): a partir de R$ 8.299
A impressão inicial é que a Apple aproveitou os recursos do iPhone 14 Pro, lançado em 2022, e colocou em sua linha menos cara deste ano. Daria para chamar os modelos de iPhone 14S Pro (como a companhia fazia há alguns anos). Após os testes vamos conferir se isso procede ou não.
De qualquer forma, ao receber recursos exclusivos da linha Pro passada, os modelos parecem ganhar mais atrativos em termos de custo-benefício.
Ilha dinâmica. É um bom exemplo de reflexão acima. O recurso interativo que aproveita o entalhe na parte superior da tela para exibir informações de alguns aplicativos e programas do sistema operacional está presente em toda linha iPhone 15.
Processador. É o A16 Bionic, presente nos modelos iPhone 14 Pro e 14 Pro Max, de 2022.
Tela mais brilhante. O pico de brilho dos lançamentos é de 2.000 nits (unidade de medida de intensidade luminosa) em ambiente externo, algo que o iPhone 14 não tinha. Isso significa que a tendência é que o uso do celular com um Sol forte não atrapalhe a visualização do display.
Câmeras. O sensor faz fotos com 48 MP de resolução, o que gera imagens com maior qualidade e detalhes. Essa lente foi usada pela Apple pela primeira vez na linha 14 Pro e é mais um exemplo do uso de configurações da linha do ano passado.
Ter essa lente é mais um ponto chave para quem quer versatilidade, maior qualidade nas fotos e não tem interesse em pagar o preço dos telefones mais caros da Apple (o 15 Pro Max custa a partir de R$ 10.999). Na hora de fazer o registro, o celular oferece mais detalhes na imagem. Ao dar zoom na foto tirada, é possível ver muito mais elementos da cena.
De novidade nas câmeras da linha iPhone 15 dá ainda para destacar três formatos básicos de zoom:
- 0,5 (amplia o campo de visão)
- 1x (foto padrão)
- 2x (zoom óptico)
É a primeira vez que a Apple traz essa função para um celular com apenas duas câmeras traseiras. O iPhone 14 conta apenas com dois modos fixos de captura (0,5 e 1x).
Quando o ambiente estiver com pouca luz, as câmeras também se comportarão melhor do que as da geração anterior, pois capturam mais detalhes.
Em testes iniciais de uma versão iPhone 15 nos últimos dois dias, foi possível notar diferenças interessantes ao comparar fotos tiradas com o iPhone 13 e com as do novo iPhone 15. Ainda que o 13 faça boas imagens, a resolução do lançamento é maior, o que permite visualizar mais detalhes de um registro, assim como ter melhor equilíbrio entre contraste e nitidez.
iPhone 15
iPhone 13
"Lente extra" do iPhone 15
iPhone 14 e iPhone 13 não possuem o modo 2x.
Exemplos de zoom
O modelo deste ano consegue fazer zoom máximo de 10 vezes. A geração de 2021 alcança no máximo 5 vezes.
iPhone 15
iPhone 13
Nas selfies notei um ponto de alerta para ficar de olho nos testes mais profundos. Após o celular fazer o pós-processamento da imagem (que usa todo um sistema de fotografia computacional), o rosto fica com muito mais detalhes (captura até a nossa alma rs). Só que isso não é de tudo bom.
Eu e uma colega de trabalho testamos algumas selfies. Notamos que as manchinhas e pintas do nosso rosto ficaram ainda mais evidentes.
Após o sistema processar o registro, o resultado não ficou legal para a gente. Resultado parecido ocorreu ao usar maquiagem. O celular destacou muito mais os poros da pele e linhas de expressão. Então sim, o novo iPhone gera, de fato, imagens com maior definição e detalhes. E isso é ótimo no geral.
A selfie terá mais qualidade tecnicamente, mas é algo a se pensar se queremos tantos detalhes assim no sentido das fotos dos rostos. Também desconfio que seja alguma questão mais além causada pelo sistema que processa essas imagens. Bom, vamos analisar isso com calma nos testes mais aprofundados para o review.
Cores. Azul, amarelo, verde, preto e rosa (finalmente um rosa que é rosa mesmo. Modelos anteriores tinham uma cor bem mais clara).
iPhone 15 Pro
Modelos
- iPhone 15 Pro (tela de 6,1 polegadas): a partir de R$ 9.299
- iPhone 15 Pro Max (tela de 6,7 polegadas): a partir de R$ 10.999
Leveza e moldura de titânio. Os dois ganharam uma estrutura de borda feita de titânio, seguindo o padrão do relógio Apple Watch Ultra. Isso fez o celular ficar mais leve e ter uma pegada mais confortável. E, de fato, ele é mais leve.
É mais confortável de segurar e usar. Os cantos estão ligeiramente mais arredondados, o que me deixou a impressão de melhor ergonomia durante o uso.
Processador novo. Linha equipada com o chip A17 Pro, que possui 19 bilhões de transistores. A Apple explicou que um dos maiores focos é melhorar a experiência gamer para os usuários que jogam com o iPhone.
É a GPU (Unidade de Processamento Gráfico) mais rápida entre os celulares da marca, segundo a empresa. É ela a parte responsável pelo que aparece na tela do telefone. Consequentemente, ela é essencial para executar jogos em alta definição.
Com o novo processador, será possível, por exemplo, rodar alguns jogos criados inicialmente para computadores desktop, consoles de videogames.
Ainda com o A17 Pro, as transferências via USB-C serão três vezes mais rápidas para dar conta de grandes arquivos, como vídeos em 4K - só será preciso comprar o cabo compatível.
Câmeras. A sensação de que os modelos 15 Pro foram criados para convencer os consumidores com recursos de câmeras que fotógrafos profissionais usam continua.
- A câmera principal faz imagens com até 48 MP de resolução, assim como o iPhone 15 "normal". Só que o sensor está 50% maior, explicou a Apple.
- Por padrão, as imagens tiradas possuem 24 MP -- a geração anterior funcionava com 12 MP. Caso queira ir para o 48 MP, é preciso alterar as configurações.
- A câmera principal dos dois permite alterar a distância da captura entre três diferentes lentes, de 24 mm, 28 mm e 35 mm. Elas ficam disponíveis na tela do próprio aparelho. Isso dá flexibilidade para quem gosta de tirar fotos com o celular.
- Os dois possuem ainda um modo noturno que captura mais cores e detalhes.
De diferenças:
- iPhone 15 Pro: tem zoom óptico de até três vezes (77mm)
- iPhone 15 Pro Max: ganhou zoom óptico de até cinco vezes (120mm), é mais potente do que os iPhones anteriores.
Sendo assim, há seis opções de lentes dentro do aparelho: macro (para objetos aproximados), ultra-angular, grande angular, teleobjetiva 2x e a nova teleobjetiva de 3x (no 15 Pro) e 5x (15 Pro Max).
O sensor de estabilização das câmeras para vídeos em movimento também ficou melhor do que a linha iPhone 14 Pro Max. Ele consegue fazer até 10 mil ajustes por segundo, de acordo com a fabricante. Isso representa 2 vezes maior velocidade do que a geração anterior.
Cores. Titânio natural (da foto desse texto), titânio azul, titânio branco e titânio preto.
Botão de ação. Outra novidade presente apenas nos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max é que o botão de silenciar deixa de fazer apenas isso. Ele passa a ser um comando de ações, como os dos relógios da Apple.
De fábrica, ele continuará silenciando as notificações do iPhone. Mas é possível programá-lo como centralizador de diferentes ações, como ligar a lanterna, tirar selfie ou começar a gravar um vídeo. É só programá-lo dentro dos ajustes do celular.
Testei o recurso algumas vezes nos últimos dois dias e vi que dá até para configurar com rotinas de casa inteligente, como acionar o botão para ligar a luz da casa quando você tiver chegado, por exemplo.
Para evitar acioná-lo por acidente, a Apple definiu que é preciso segurá-lo por alguns segundos para que ele funcione.
Recurso que funciona nos quatro
Além da ilha dinâmica presente nos quatro modelos, todos os iPhones 15 funcionam com uma nova geração do modo retrato. Não é preciso ativá-lo.
Ele ficou ainda mais inteligente. Quando o celular detecta uma pessoa ou objeto no primeiro plano, ele ativa automaticamente o desfoque . Se você não quiser que o fundo fique desfocado, é só entrar nas configurações e alterar manualmente.
Testei o recurso algumas vezes e o processamento dos aparelhos — iPhone 15 e iPhone 15 Pro usados no teste — foi bem rápido, não leva mais do que segundos.
*Com informações de reportagem publicada no dia 12 de setembro de 2023
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