'Hipnotizante', relógio com meteoritos reais pode custar até R$ 1,2 milhão

Único, hipnotizante e visual literalmente cósmico. Essas são apenas algumas das descrições possíveis do relógio suíço recordista do Guinness Book pelo maior número de inserções de meteoritos em um relógio.

Trata-se do Cosmopolis, peça da relojoaria suíça Les Ateliers Louis Moinet, que homenageia o suíço astrônomo inventor do cronógrafo — tipo de cronômetro para medir e registrar pequenos intervalos de tempo transcorridos.

O recorde foi verificado em 31 de julho, mas apenas no final de setembro o Livro dos Recordes fez sua divulgação, após cerimônia de entrega de certificado com representantes do Guinness na Suíça.

CEO da Les Ateliers Louis Moinet, Jean-Marie Scharller recebe certificado de recorde do Guinness World Records
CEO da Les Ateliers Louis Moinet, Jean-Marie Scharller recebe certificado de recorde do Guinness World Records Imagem: Divulgação/ Les Ateliers Louis Moinet

O Guinness esclarece que meteoritos são fragmentos de rocha ou metal que caem na Terra vindos do espaço. Segundo a empresa, Moinet era um astrônomo ávido e apaixonado por relojoaria, paixão compartilhada pelo CEO e diretor criativo Jean-Marie Schaller.

A marca é conhecida por criar relógios exclusivos seguindo duas categorias: arte cósmica e maravilhas mecânicas. Isso é perceptível no Cosmopolis.

Apresentando 12 meteoritos diferentes estampados no mostrador, eles são identificados dos seguintes astros, informou o site do Livro dos recordes:

  • DHOFAR 461 - Lua
  • DHOFAR 1674 - Marte
  • ALLENDE - Chuva de meteoritos
  • ERG CHECH - Asteroide
  • JBILET WINSELMAN - Asteroide
  • ISHEYEVO - Asteroide
  • ALETAI ARMANTY - Asteroide
  • AGUAS ZARCAS - Chuva de meteoritos
  • GIBEON - Asteroide
  • TOLUCA - Asteroide
  • SAHARA 97093 - Asteroide
  • BLACK CHONDRITE L5 - Asteroide
Maioria dos fragmentos de meteoritos presente no relógio são originados de asteroides
Maioria dos fragmentos de meteoritos presente no relógio são originados de asteroides Imagem: Divulgação/ Les Ateliers Louis Moinet
Continua após a publicidade

Explicação do nome

O site da empresa diz que escolheu o nome Cosmopolis para unir nosso mundo e o universo infinito já que o prefixo cosmo sugere o tamanho do cosmo, das estrelas e dos mistérios desconhecidos do universo. Enquanto o sufixo polis traz o espírito cultural e artístico das cidades.

"O nome Cosmopolis incorpora a própria essência deste relógio, ao fundir o fascínio pelo espaço com a elegância atemporal da arte relojoeira", explicam.

O surgimento do relógio de luxo só foi possível após amizades de Schaller com caçadores de meteoritos, como Luc Labenne e Bruno Fectay.

Foi assim que ele montou sua própria coleção desses achados. Para verificar que os meteoritos são autênticos, um certificado é emitido pelos caçadores desse material cósmico que fazem da Meteoritical Society.

Relógio cósmico de luxo Cosmopolis é usado por homem
Relógio cósmico de luxo Cosmopolis é usado por homem Imagem: Divulgação/ Les Ateliers Louis Moinet
Continua após a publicidade

O nascimento

Para o relógio cósmico nascer foi preciso considerar um projeto que valorizasse e mostrasse a beleza dos 12 meteoritos diferentes, garantindo ainda uma estética contemporânea.

O design final escolhido foi como uma caixa de ouro rosa de 18 quilates, com um diâmetro de 40 milímetros e presa por uma pulseira preta.

A sequência foi dada com o processo de corte altamente cuidadoso dos meteoritos de uma forma que não gerasse qualquer perda devido as suas fragilidades.

No relógio, cada meteorito foi pensado meticulosamente para ser exibido e contrastado da melhor maneira. Por exemplo, o DHOFAT 461, raro fragmento de meteorito lunar, foi posicionado no centro do mostrador.

Já os outros, foram pensados como "pequenos pedestais projetados para elevá-los, criando um arranjo misterioso no mostrador", explicou Schaller ao Guiness.

Continua após a publicidade

Agora finalizado, a relojoaria afirma que o relógio Cosmopolis é avaliado em 225 mil francos suíços (pouco mais de R$ 1,2 milhão na conversão para o real). A relojoaria quer exibir o relógio permanentemente em algum museu para servir como símbolo de inovação e artesanato.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.