Buraco do tamanho de 60 Terras surge no Sol - e isso tem impacto aqui
O observatório Solar Dynamics, da Nasa, registrou um buraco de 800 mil quilômetros - o que representa o tamanho de 60 Terras - na coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol. O buraco foi detectado no domingo (3).
Com a rotação do astro, essa abertura ficou virada para o planeta, o que tem impactos na Terra. Apesar de ser um fenômeno comum, este buraco tem tamanho considerado sem precedentes em relação aos registrados anteriormente.
Com a abertura, são liberados feixes de radiação mais fortes que o habitual, que atingem a Terra.
Efeitos na Terra
Uma grande quantidade de vento solar está escapando por esse buraco e vindo em direção a Terra.
Isso pode levar a uma tempestade geomagnética de intensidade G2, considerada de nível moderado. A escala vai do G1 ao G5.
Essa tempestade geomagnética pode levar a falhas em sistemas elétricos e aparições de auroras boreais e austrais, segundo a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) dos Estados Unidos.
Satélites e ondas de rádio também podem sofrer alterações por causa dessa tempestade.
A expectativa da NOAA era de que essa tempestade duraria até ontem, perdendo intensidade ao longo das horas.
Happy #SunDay! This week?s space weather report includes:
? NASA Sun & Space (@NASASun) December 3, 2023
· 4 C-class flares
· 3 M-class flares
· 18 coronal mass ejections
· 1 geomagnetic storm
This video from NASA?s Solar Dynamics Observatory shows activity on the Sun over the past week. pic.twitter.com/96ChOr0dxz
Fenômeno é comum
Esse buraco na coroa do sol é considerado um fenômeno comum de ocorrer. De acordo com a Nasa, pode surgir em qualquer região do astro.
É mais comum de ser detectado durante o chamado mínimo solar, que é o período de menor atividade do ciclo solar.
Buracos coronais são criados quando os campos magnéticos que mantêm o Sol em um local se abrem repentinamente e fazem com que o conteúdo presente na superfície superior do Sol seja dissipado na forma de vento solar, de acordo com a NOAA.
Eles parecem manchas escuras por serem menos densos e mais frios em relação ao plasma que circunda o Sol.
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