Conteúdo publicado há 11 meses

Buraco no Sol não preocupa e nem é grave; 'pior já passou', diz astrônomo

Não há com o que se preocupar em relação ao buraco do tamanho de 60 Terras detectado no sol no Sol no último domingo (3), afirmou o astrônomo Thiago Signorini no UOL News da manhã desta quarta (6). O fenômeno é comum, "nada grave" e não oferece riscos ao planeta.

O buraco não é um buraco material, não é realmente um vazio que tem ali. É um buraco do campo magnético. Aparece nas imagens de ultravioleta e raio-X que a gente tem do Sol. É simplesmente um buraco que aparece nos campos magnéticos e, às vezes, esse campo magnético se rompe. É simplesmente consequência de uma matéria um pouco mais fria que acontece por essa alteração nos campos magnéticos. Não é nada grave.

Pode ter um impacto, sim, mas definitivamente não é um buraco tão grave [...] O máximo do que seria dessa tempestade solar já teria acontecido ontem ou anteontem e não foi tão intenso. Não é um evento para ter nenhuma grande preocupação.

Esses buracos vão aparecendo e desaparecendo, mas é algo que vai sumir. Desse buraco, o pior já passou.

O que aconteceu

O observatório Solar Dynamics, da NASA, registrou um buraco de 800 mil quilômetros a coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol. Com a rotação do astro, essa abertura ficou virada para o planeta, o que tem impactos na Terra.

Apesar de ser um fenômeno comum, este buraco tem tamanho considerado sem precedentes em relação aos registrados anteriormente. Com a abertura, são liberados feixes de radiação mais fortes que o habitual, que atingem a Terra. Veja aqui o que pode acontecer.

Entenda o fenômeno

Buraco na coroa do sol é mais frequente durante o chamado mínimo solar. O período é o de menor atividade do ciclo solar.

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Quando a acontecem os buracos coronais? Quando os campos magnéticos que o Sol mantêm no lugar se abrem repentinamente e fazem com que o conteúdo da superfície superior seja dissipado na forma de vento solar, de acordo com a NOAA. Eles parecem manchas escuras por serem menos densos e mais frios em relação ao plasma que circunda o Sol.

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