Não confie na nuvem e fuja de link suspeito: como evitar vazamento de nudes

Fabíola de Andrade, rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, teve um vídeo íntimo vazado. A situação aconteceu em 2019, mas voltou a ser assunto agora graças à ascensão do marido da modelo, Rogério de Andrade, um dos bicheiros que estrelam a série "Vale o Escrito" (Globoplay). Mas existem formas de tentar proteger suas nudes para evitar vazamentos.

Dica 1: Dificulte seu reconhecimento

Imagens que exibem tatuagens, marcas de nascença ou o rosto revelam mais facilmente a sua identidade. Alguns apps de edição de imagem oferecem recursos bacanas, como o "blur", que borra partes do corpo.

Outro recurso bastante usado é colar um emoji em cima de certas partes. Você pode aproveitar para já mandar uma carinha ou símbolo que reforce suas intenções — como uma berinjela, um pêssego ou um diabinho roxo.

Dica 2: bloqueie seu aparelho com senha

Além de esta ser a primeira camada de proteção, afasta o acesso indevido de terceiros às suas informações pessoais. É bom ter isso em mente, já que nem sempre o vazamento de alguma intimidade é provocado por alguém com grades conhecimentos cibernéticos.

Dica 3: cuidado com links suspeitos nas redes sociais

Sabe aquele link que chega pelo WhatsApp com alguma promoção ou com a promessa de dinheiro fácil? Nem todo mundo sabe que isso pode levar a uma invasão do celular.

Dica 4: Ative um programa que permita apagar imagens mesmo sem o celular nas mãos

Tanto Android quanto iOS possuem mecanismos para apagar seus dados à distância em caso de perda ou roubo. No sistema do Apple, você precisa acessar o aplicativo "Buscar". Quando encontrar o iPhone sumido, basta acionar a opção "apagar iPhone". No sistema do Google, vá a este site. Um detalhe: isso só funciona se o aparelho estiver com bateria e conectado à internet.

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Dica 5: ative sempre que puder a verificação em duas etapas

Com este simples passo você já barra grande parte dos problemas de clonagem e invasão de contas e aparelhos.

Dica 6: cuidado com a nuvem

A nuvem, esse servidor que pode soar tão abstrato, pode ser um problema para os nudes. Na prática, trata-se de um sistema online com milhões de informações sendo atualizadas a cada segundo. Um baita banco de dados para quem está mal-intencionado. E, infelizmente, não é impossível que um hacker acesse isso.

Uma saída para evitar que suas imagens para maiores caiam nas mãos erradas, sem correr o risco de perder as fotos daquelas férias incríveis caso seu celular quebre, é recorrendo a aplicativos como o Orga.

Na prática, funciona como um cofre. O app joga a sua imagem dentro de uma área que só pode ser acessada com senha e apaga cópias tanto da sua galeria quanto da nuvem. O aplicativo conta até com uma inteligência artificial que detecta nudes no meio das suas fotos salvas —só para não correr o risco de você esquecer aquela foto pelada entre uma imagem da sua avó e outra do seu cachorro.

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E atenção: vazamento de nudes é crime

Mesmo com as medidas de segurança, nenhum sistema é 100% imune a invasões. Caso você tenha imagens íntimas vazadas, saiba que a atitude é contra a lei.

No Brasil, quem rouba ou compartilha nudes alheios é criminoso. O ato isolado de invadir um sistema e capturar imagens eróticas sem autorização pode trazer até três anos de reclusão e multa, de acordo com a lei 12.737/2012. O compartilhamento de imagens, sejam ela enviadas espontaneamente ou não, tem pena ainda maior: cinco anos de prisão, mais multa.

E quem repassou ou recebeu as imagens também pode ser culpabilizado. Se o conteúdo foi obtido por meio de invasão, o ato é criminalizado pela lei "Carolina Dieckmann" (Lei 12.737) com multa e detenção de 3 meses a 1 ano.

*Com informações da matéria "Guia do nude perfeito: tudo o que você precisa saber antes de mandar o seu", publicada em Tilt no dia 23 de janeiro de 2020

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