Sem hélices e silenciosas: novas turbinas eólicas são 'amigas' das aves
As turbinas eólicas são uma forma de geração de energia limpa, mas que trazem dois problemas: são barulhentas e podem matar aves. Novas startups estão tentando solucionar esses problemas com opções silenciosas e "amigas dos pássaros".
Como assim turbina eólica sem hélice?
Em vez de parecer um ventilador gigante, como as turbinas convencionais, ela tem um design cilíndrico e sem hélices. O modelo é da startup espanhola Vortex Bladeless, que desenvolveu a turbina Vórtez.
Ela é feita para oscilar com o vento, num processo chamado de vibração induzida por vórtice. Esse movimento é convertido para energia elétrica.
Outra vantagem desse modelo de turbina é que ele pode ser usado também em ambientes com menos vento. Nas turbinas convencionais, o local precisa ter forte incidência de ventos para fazer sentido a instalação.
A empresa diz que suas turbinas são 30% mais baratas que as convencionais por ter instalação e manutenção mais simples. A Vortex Bladeless tem feito uma série de protótipos para testar a viabilidade e aplicação da tecnologia.
Startup americana tenta mais energia, com menos espaço. Outra solução é da startup dos EUA Aeromine Technologies, que tenta mirar na geração de energia eólica comparada com a solar.
A empresa promete com sua turbina sem hélice gerar 50% mais energia do que o mesmo custo de painéis solares tradicionais em um telhado e usando apenas 10% de área. Além da eficiência, ideia da companhia é tentar gerar mais energia ocupando menos espaço, inclusive instalando essas turbinas em áreas livres no rooftop de prédios.
A companhia diz ainda que sua turbina não tem partes móveis expostas - o que reduz a manutenção, e aumenta a vida útil do equipamento. E como a solução da startup espanhola também é silenciosa e menos intrusiva visual e sonoramente.
Ainda que as duas empresas apontem para um futuro de turbinas sem hélice e silencioso, a viabilidade das soluções continua sendo estudado. Sem contar que elas precisam ser testadas a longo prazo, em diferentes ambientes e a adaptabilidade em infraestruturas já existentes.
*Com informações do Jornal da USP
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