Kodak Mini Shot: testamos câmera instantânea que imprime fotos do celular
Marcella Duarte
De Tilt, em São Paulo
05/04/2024 04h00Atualizada em 10/04/2024 11h27
A nostálgica Kodak, empresa de máquinas e filmes fotográficos que dominou o mercado entre os anos 70 e 2000, se reinventou e voltou ao Brasil com uma nova linha de produtos. São dois modelos de câmeras instantâneas digitais: Mini Shot 2 e Mini Shot 3.
O grande destaque é que, além de registrar cenas na hora, elas funcionam também como uma impressora para qualquer foto que você tenha no seu celular, via bluetooth. A diferença entre as duas é o formato em que as imagens são impressas, retangular (2) ou quadrado (3). Nós testamos a Mini Shot 3.
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O que ela tem de bom?
Impressão diferenciada. Usa uma tecnologia de sublimação, que acontece cor por cor. O papel entra e sai cinco vezes (uma de preparação, três para amarelo, ciano e vermelho, e outra para laminação final). Isso garante uma foto bem vívida e durável (resiste a água, poeira e toque dos dedos). E não precisa "chacoalhar" como uma Polaroid, pois já sai pronta e seca. A Mini Shot 3 imprime em um agradável formato retangular (5,3 cm x 8,6 cm), enquanto a Mini Shot 2 faz fotos quadradas (7,6 cm x 7,6 cm).
Tela LED. Apesar de bem pequena (1,77 polegada), a tela serve para conferir a foto antes de imprimir — uma possibilidade que outras câmaras instantâneas não oferecem. Também permite aplicar efeitos na imagem, como filtros e bordas, ou descartá-la caso prefira tirar outra.
Impressão bluetooth. Ao baixar o aplicativo Kodak Photo e parear a câmera com o celular, ela vira uma impressora para qualquer foto que esteja armazenada nele. Pelo app, há mais possibilidades de edição, como redimensionar, fazer colagens, colocar stickers e textos. Funciona em Android e iPhone.
Imagens de boa qualidade. O sensor da câmera tem 10MP, o que é bem satisfatório para uma câmera instantânea, que imprime fotos com certo ar retrô. Claro que a câmera do celular tem maior resolução, então as imagens impressas via bluetooth terão mais qualidade.
Ajuda para selfies. Além de um espelho frontal, é possível configurar um timer de 5 ou 10 segundos para se preparar para o clique.
Bateria recarregável. A maioria das instantâneas usam pilhas comuns, o que gera mais gastos e lixo. A Mini Shot é recarregável via cabo USB, e por isso também tem um formato mais fino.
Vem com 68 refis. São oito folhas já dentro da máquina e mais dois cartuchos com 30 poses cada. Assim, vai demorar até precisar comprar mais. E o preço dos refis é consideravelmente menor que dos concorrentes: o de 30 fotos custa R$ 109,90.
Pontos de atenção
Tela pequena: achei suficiente para as funções apresentadas, ainda mais considerando que as concorrentes não possuem nenhuma tela. Mas é um display bem pequeno, em que não é possível observar detalhes das imagens.
Não dá para saber quantas fotos faltam: você só descobre que não há mais folhas quando elas acabarem, então vale manter um registro para evitar surpresas.
Imagens tiradas com ela não salvas: já que é uma câmera digital, será legal guardar as imagens tiradas, mas não há armazenamento interno.
Vale a pena?
A câmera é muito legal, principalmente pela pegada retrô de imprimir fotos na hora, para guardar recordações e presentear amigos. A qualidade das imagens é ótima, as imagens saem vívidas e com alto contraste, e o custo dos refis é interessante (cerca de R$ 3 por foto).
Para quem está se perguntando, a Mini Shot lembra, sim, a famosa Instax Mini, da Fujifilm. Mas as novas câmeras da Kodak são mais robustas e têm outras funções, como a possibilidade de imprimir qualquer foto do seu celular e de ver/editar as imagens antes, além de serem recarregáveis (a Instax usa pilhas, tem filmes mais caros e revela em tamanho menor e com mais aspecto de fotografia antiga).
Claro que isso tudo cobra um preço, e a Mini Shot custa mais que o dobro que a concorrente. Mas acredito que esses diferenciais fazem valer o investimento, pois é uma experiência fotográfica superior, com bem mais tecnologia envolvida. E ela já vem com 68 folhas para usar.
Vale saber que, lá fora, a linha é um sucesso. Somente nos Estados Unidos, pela Amazon, foram vendidas mais de cinco milhões de unidades em 2023, ano em que foi lançada no país.