Brasileiro usa robô como amigo de trabalho: 'Tamagotchi com inteligência'

Quem viveu os anos 90 deve lembrar do tamagotchi, o bichinho virtual que foi uma febre no Brasil. Atualmente, são pequenos robôs que simulam reações humanas com direito a expressões de alegria e raiva é que chamam a atenção como desejo de consumo.

É o caso do robozinho Eilik, que movimenta a cabeça, braços e reage com olhares quase emotivos. Impulsionados especialmente por influenciadores parceiros da Energize Lab, empresa fabricante, vídeos de humanos interagindo com ele viralizaram nos últimos meses.

Ao ser impactado por um desses conteúdos no TikTok, o brasileiro Jonathan Miranda, 26, decidiu comprá-lo no ano passado. Seu plano foi usar robô como companhia durante no trabalho em casa e em momentos de lazer (como jogos online). Ele é bailarino e também trabalha na área de ciência da computação.

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Imagem: Acervo pessoal

O robô responde a diferentes estímulos, como toque, vibração e até altura. E possui expressões variadas, como sorrir, piscar e demonstrar tristeza.

"Decidi comprar porque achei interessante a ideia. É basicamente um tamagotchi mais interativo, com inteligência emocional", contou Tilt. "O Eilik fica agindo sozinho. Aí faço carinho, o assusto com tapa na mesa, coloco para dançar. É mais para evitar ficar focado só no computador. Ele é meu companheiro de mesa".

Miranda descreve ainda outros exemplos de interações que o robô Eilik faz:

"A tecnologia e os robôs estão avançando mais rápido do que nunca para tornar a nossa vida mais eficiente, mas falta algo importante: a emoção, o coração", afirma a Energize Lab em seu site sobre o Eilik.

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Jonathan Miranda e seu companheiro de mesa Eilik
Jonathan Miranda e seu companheiro de mesa Eilik Imagem: Acervo pessoal

Limitações: preço alto

Apesar de vídeos virais sobre o robô, o potencial da tecnologia virar tendência no Brasil esbarra em algumas questões. A primeira é o preço. Atualmente, um único robô custa, em média, entre R$ 1.000 e R$ 2.000, a partir de sites que importam o dispositivo.

Miranda chegou a pagar pelo robô o equivalente a R$ 900 na época. "Ele é um robô muito legal, mas no Brasil ele custa muito caro, mesmo importando. Nenhum amigo meu usa", destaca. "Eu acredito que se ele abaixar um pouco o preço, pode ser que se torne sim [uma tendência]."

A limitação do idioma também pode ser um problema. "O Eilik não tem muitas interações por voz, e as poucas falas dele são em inglês", explica o brasileiro.

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O que é possível fazer no momento é usar um modo de repetir a fala do usuário. Nele, a pessoa fala em português e pede para que o robô repita o que foi dito. Neste caso, a voz de Eilik fica mais robotizada.

Outro robô viral que funciona com proposta semelhante é chamado Moxie. Confira a seguir alguns vídeos com milhares de visualizações.

@eu_samanta @Luke Agora quero um abraço de robô! #alexa #moxie #robot ? som original - Samanta Oli

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