Web Summit reúne 30 mil no RJ; veja como será evento para 'mudar o mundo'
Cerca de 30 mil pessoas são esperadas na segunda edição brasileira do Web Summit, que acontece nesta semana, no Rio de Janeiro.
O festival, considerado um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, tem como principal missão unir empreendedores, startups e investidores em busca de ideias que podem mudar o mundo de forma positiva.
Como será o evento
A versão brasileira do festival, que acontece desde 2009 na Europa, terá mais de 500 momentos de conteúdo. Serão painéis, debates, apresentações e mesas redondas, nos palcos do evento e espaços dos patrocinadores.
Em debate, temas como impacto da inteligência artificial na sociedade, a relevância dos criadores de conteúdo na economia, a busca de soluções para a crise climática e o ecossistema de serviços financeiros.
Um dos charmes do evento é que ele muda todo dia: com exceção do palco principal, os temas dos debates e expositores da feira mudam diariamente. Até por isso, o festival consegue reunir mais de mil startups, de 35 países, em seus 3 dias oficiais de programação.
Ao lado das startups, empresas como Huawei, IBM, Itaú, KPMG, Salesforce e Udemy são parceiros tecnológicos que estarão com seus espaços nas alamedas do festival.
Eventos como esse são locais que entregam a experiência imersiva e coletiva de trocas de percepções, insights e networking, em um ambiente interdisciplinar e com todas as fricções da vida real.
Franklin Costa, cofundador da consultoria oclb
O Web Summit tem um tripé: conteúdo, investidores e startups. Ele une essas três pontas. O conteúdo é um pano de fundo para atrair todo esse ecossistema.
Andrea Janér, CEO da consultoria Oxygen
De Gilberto Gil a Brian Collins
Apesar de estar com ingressos esgotados desde a semana passada, a parte de conteúdo perdeu força em relação ao evento do ano passado - e fica atrás de outros festivais do mesmo grupo organizador, como o Collision, que acontece no Canadá, e a edição de Lisboa do próprio Web Summit.
Mesmo assim, a curadoria do festival reuniu 18 tracks, algo como as linhas editoriais para guiar a programação do evento, ajudando os participantes a encontrarem os conteúdos que dialogam com suas áreas de atuação ou interesse:
Estarão presentes no festival nomes como Gilberto Gil, Luciana Santos (Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação), Fábio Coelho (Google), Luiza Trajano (Magazine Luiza), Marcelo Braga (IBM Brasil) e o filósofo Mário Sérgio Cortella.
Fenômenos da influência digital como Bianca Andrade (Boca Rosa Company), Camila Coutinho (GE e GE Beauty), Konrad Dantas (Kondzilla) e Luccas Neto também estão entre os confirmados.
Segundo a curadoria feita pela oclb, a sustentabilidade, principalmente em diálogo com a pauta indígena, ganha ainda mais espaço com a confirmação de ativistas como Txai Suruí (Kadindé), a modelo Zaya Guarani e Helena Gualinga (Indigenous Youth Collective of Amazon Defenders).
Janér, da Oxygen, também destacou a presença do designer norte-americano Brian Collins, de Magnus Grimeland, CEO da VC Antler, e o painel sobre a nova era do jornalismo digital, que terá a presença de Pedro Doria (Meio), Ellen Nogueira (CNN Brasil) e Murilo Garavello (UOL).
Todo o conteúdo do palco principal é transmitido diariamente ao vivo no YouTube do Web Summit, mesmo para quem não tem ingresso. Os conteúdos dos demais palcos são gravados e ficam disponíveis no app do evento.
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Quero receberConfira os grandes números do evento:
- 30 mil participantes, com ingressos esgotados desde a semana passada
- mais de 1.000 startups
- 900 veículos de imprensa e criadores de conteúdo credenciados
- presença de profissionais de mais de 100 países
- presença de cerca de 600 investidores e 210 parceiros
- mais de 400 voluntários
Impacto econômico de R$ 33 milhões por dia
A prefeitura do Rio de Janeiro tem investido pesado para transformar a cidade em um centro de negócios relativos à inovação. Na semana passada, inaugurou o hub tecnológico Porto Maravalley, que divide espaço com a nova faculdade de matemática IMPA Tech, na zona portuária da capital fluminense.
Para justificar o investimento no Web Summit, a secretaria municipal de desenvolvimento econômico, inovação e simplificação, em parceria com a agência de promoção e atração de investimentos da prefeitura (InvestRio), preparou um documento onde afirma que o festival deverá injetar cerca de R$ 1,5 bilhão na economia carioca nos próximos seis anos.
Segundo o relatório "Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio (2024-2028)", o impacto será sentido principalmente nos setores de hotelaria, alimentação e serviços locais, que se beneficiarão diretamente do aumento do fluxo de visitantes.
O impacto econômico diário do evento deve alcançar R$ 33,3 milhões em 2024. Em 2026, a prefeitura espera que esse número ultrapasse os R$ 50 milhões por dia de evento.
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