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Cientistas criam material que fica mais resistente quando você bate nele

Imagem: Yue Wang)

Gabriel Lima

Colaboração para Tilt

16/04/2024 04h00Atualizada em 16/04/2024 11h01

Cientistas da Universidade da Califórnia, na cidade de Merced, criaram um material que endurece conforme é atingido por impactos ou esticado. Ele poderá ser usado em aparelhos eletrônicos que exigem maior resistência, como relógios inteligentes.

Inspirado no amido de milho da culinária, ele possui "durabilidade adaptativa", o que significa boa proteção e resistência frente ao estresse. As informações são do site ScienceAlert.

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O que rolou

A equipe usou como base o amido de milho devido ao fato de que, quando é lentamente manuseado com adição de água, suas pequenas partículas se repelem, funcionando como um fluido. Porém, isso muda de forma com a intensidade e velocidade do processo, deixando-o mais consistente.

Com mais intensidade, as partículas do amido se tocam, causando atrito e agindo como se fossem uma substância sólida. A diferença de comportamento se deve ao tamanho das partículas.

Dessa maneira, os pesquisadores testaram um resultado parecido usando um material polimérico, ou seja, uma substância composta por moléculas grandes.

Polímeros que ajudam os materiais a conduzirem eletricidade, com substâncias de carga positiva e negativa, foram testados. O material se deformava e esticava quando era atingido por impactos rápidos.

A adição de 10% a mais de sulfonato de poliestireno melhorou sua durabilidade adaptativa e condutividade.

Os cientistas tentaram criar, com dois polímeros com carga positiva e dois com carga negativa, um material com estruturas superpequenas - e usaram para exemplificar uma figura: "almôndegas" em miniatura em uma tigela de espaguete. Elas absorveram os impactos sem se partirem, mantendo o material e sua condutividade.

Houve ainda a adição de nanopartículas de uma substância (1,3-propanodiamina) carregadas positivamente. Isso melhorou ainda mais a resistência, enfraquecendo ligeiramente as "almôndegas", para que o material pudesse sofrer golpes maiores, ao mesmo tempo fortalecendo o 'espaguete' a sua volta - o que mantém a integridade do material.

Por que isso importa?

Espera-se que o material mais resistente possa ser fabricado em larga escala. Pulseiras de relógio e sensores em geral poderiam ser algumas das utilizações.

"Há uma série de aplicações potenciais e estamos entusiasmados em ver onde esta nova propriedade não convencional nos levará", falou o cientista de materiais Yue Wang.

Os resultados da pesquisa foram divulgados em março deste ano durante encontro da American Chemical Society (ACS - Sociedade Americana de Químicos).

*Com informações do site ScienceAlert

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